quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Dezembro, fim de ano, Natal... época de que mesmo?

Dezembro, fim de ano, Natal...

Natal é uma época bonita, mas estranha. Vejamos: 

É a data para se comemorar o nascimento de Cristo! Em família! Época de reflexão, de compaixão, de amor ou empatia para com o próximo. Época na qual nos desarmamos e ficamos mais receptivos ao semelhante. Época em que o Espírito Natalino se faz presente.

Pois é, O espírito natalino...  Hoje em dia muito ligado ao consumismo e menos a ideia principal, descrita acima. Ao longo do ano este último está presente no ser humano. Mas na época de natal... O consumismo "consome" o indivíduo de tal forma que o seu décimo terceiro salário será utilizado para comprar aquela TV de 50'' que foi anunciada como promoção de Natal pela metade do dobro do preço. E como seu pensamento está atuando de forma impulsiva, não consegue lembrar que depois do Natal iniciam as liquidações de estoque de fim de ano. Pior, esquece completamente que em janeiro chegam as taxas de IPVA, IPTU, entre outros.

Dezembro está ligado às correrias de fim de ano, o que, ao invés de proporcionar o espírito natalino, pode trazer o estresse das metas restantes ou pendentes no trabalho, quais presentes comprar para parentes e amigos, como arrumar a casa para o natal, o que fazer para a ceia. São tantas responsabilidades que podem acabar causando mal estar ou conflitos entre parentes ou amigos. Aqui no trabalho tenho percebido rostos cerrados, respostas curtas e tolerância zero. 

Natal também é a data para se colocar o famigerado cd da Simone. Lembra da musiquinha? "Então é Natal.... e o que você fez???????" Caramba!!!!! Uma música de natal que começa colocando na gente a dúvida e nos deixando com sentimento de culpa. Será que o que eu fiz foi suficiente? Se a reflexão e a autocobrança disserem que não, pronto! Já era a noite de Natal. Melhor cantar qualquer outra canção à capela

Natal também é o mês de celebrar junto a realeza. Aqui no Brasil? Sim, aqui no Brasil. Como assim? Explico. De branco ELE virá até você. Invadirá a sua casa sem pedir licença. Colocará seu cajado de maneira inclinada à sua frente, sua cabeça estará virada de lado e com os olhos fechados. Ainda não descobriu? Então... Bem Vindo ao 300°Show de fim de ano do Roberto Carlos! E com UMA música inédita! Aguarde.

E se você achava que, ainda assim passaria por isso com sua sanidade intacta, prepare-se para perdê-la! Vem aí as propagandas mais que repetitivas de mais uma edição do Big Brother Brasil!

É espantosa a decadência da Rede Globo, uma empresa que diz que "Prima pelo jornalismo e programação de alta qualidade" em manter no ar um programa totalmente desprovido de cultura e qualidade. Mas como existe público com este perfil, se salvarão aqueles que tem acesso à tv a cabo. 

Então voltamos à pauta. Natal, época de que mesmo?

Por fim, tenha um Feliz Natal!


segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Experiência (in)esquecível



Eu estava preparado!


Fazia mais de uma semana que eu vinha pensando no que perguntaria, com quem me encontraria, na companhia de quem eu estaria.


Seria uma experiência única. Poucas pessoas passaram por isso e ter na memória a lembrança desses momentos poderia ser esclarecedor. Pelos menos para mim, que tenho diversas dúvidas não respondidas.


Chegou o dia. Eu não estava ansioso, apesar de ser a primeira vez que ia passar por aquilo e pedia apenas que fosse a única. A primeira parada: a sala de espera. Diversos rostos aguardando para passar por experiências tão semelhantes mas tão diferentes da minha. Por algum motivo, o ambiente transmitia uma estranha mas agradável serenidade. Passei alguns minutos ali, acompanhado de familiares.

Ao ouvir meu nome ser chamado, passei para uma segunda sala, onde fui apresentado à roupa que eu deveria vestir. Um avental branco com uma abertura atrás. Tive que ficar nu, sob protesto. Lembrei daqueles filmes de hospitais, onde os pacientes andam pelos corredores com a bunda aparecendo. Era a minha situação. Ainda bem que a segunda ordem era retirar qualquer pertence que possuísse no corpo. Imagina se, passando no corredor, o celular na minha mão caísse no chão? Abaixar para pegá-lo seria vergonhoso. E quem estivesse atrás de mim teria que lidar com a visão do inferno.

Em seguida, me chamaram para passar à terceira sala: a recuperação cirúrgica. Ah, sim, eu não havia falado o motivo do texto até agora. Eu ia fazer cirurgia de maxilar. Ia colocar dois pinos na mandíbula. Mas o motivo principal era a experiência que eu ia ter – de saber como era o outro lado e ter minhas dúvidas respondidas por alguém.  

Não caminhe para a luz! Era o que pensei quando deitei na cama e olhava aquelas pessoas ao meu redor que já estavam em situação de pós-operatório. Ao meu lado, uma senhora aguardava para fazer cirurgia de coluna. Percebi que o meu problema não era tão grande quanto o dela. 

Passados alguns minutos, dois técnicos trouxeram uma maca e me puseram nela. Entrei no corredor e via as luzes do teto passarem uma após a outra, enquanto eu era levado à sala de cirurgia. E a estranha serenidade da sala de espera me acompanhava pelo corredor. 

Entrei na sala de cirurgia e enxerguei alguns outros profissionais, que eu saberia a seguir serem o anestesiologista e a equipe de apoio do cirurgião. O cirurgião disse para eu ficar tranquilo que a cirurgia era simples (fazer um furo de cada lado na minha mandíbula e colocar os pinos era uma coisa simples, claro!). E eu começava a retomar o que iria perguntar quando estivesse do outro lado. É claro que essas EQMs (experiências de quase morte) só acontecem em situações de coma, mas eu esperava que o CARA lá em cima abrisse uma exceção e me contasse alguns segredos.

Em seguida, o anestesiologista veio e me disse palavras que eu jamais esquecerei: Eu vou colocar a anestesia aos poucos na veia e você vai – aos poucos – sentir que está com sono. Falado isso, lembro que eu apenas disse “tá” e apaguei! Só lembro quando acordei já na sala de recuperação. DETALHE: Eu não tenho a menor lembrança de Nada! Nada do que eu planejei ocorreu. Nenhuma imagem, nenhuma frase, uma total escuridão. Nenhum sonho. Nada. Maldito Midazolan! Nenhuma pergunta respondida, ninguém dizendo para o meu EU interior: Não vá para a luz!

Ok, talvez seja para eu não saber de nada mesmo. Vai saber as consequências disso?!?! Mas uma coisa é certa. Tá de bom tamanho, não quero outra experiência de cirurgia.
 
Me olhando no espelho agora penso em com quem estou mais parecido: Com um cachorro pequinês, com os dentes de baixo parecendo estarem à frente dos de cima? Ou com o personagem Kiko, do Chaves, com a cara em formato de lua? 


terça-feira, 11 de novembro de 2014

Antigamente é que era bom... Será?

Quem passou dos trinta e cinco como eu já tem (eu espero!) a clara noção de que o tempo passa e os conceitos e gostos mudam, quando se trata de locais para se divertir. 

Conversando com amigos do serviço, na faixa dos vinte e poucos anos, me fizeram lembrar de quando eu estava chegando aos trinta. Igualmente pelo assunto de locais para se divertir. 

A adolescência nos traz a sensação do novo proibido, que desafia as regras estabelecidas e do muro que começamos a pular para explorar o outro lado das coisas. 

Quando chegamos à fase de adultos jovens começamos a ter aquele sentimento de nostalgia quanto à adolescência, mas buscamos olhar para frente e ver quais desafios ou novidades se apresentam para nós. Parte daquilo que era proibido na adolescência passa a ser permitido e um leque de opções se abre para nossa mente e hormônios inquietos. 

Aventuras, diversão, sexo, trago, música, muitas festas, enfim, tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo que precisamos de mais que 24 horas para atender a tudo.  E então, lá pelos 26, 27, 28 anos algo começa a mudar... mas onde? 

O primeiro indício foi quando comecei a ouvir: "Aquela festa não está mais tão legal como era antes...". Nunca esqueço de uma amiga, Ana Carolina Joaquim que, desde o início da faculdade dizia que adorava ir à Festa do Peão de Barretos. Após um ano de formados, lembro de conversar com ela e a mesma dizer: "Barretos já não está mais legal como era antes. Hoje em dia tem muita piazada, muita gurizada que vai. Antigamente é que era bom". 

E aí, por ouvir várias outras vezes frase parecida com esta, comecei a questionar: Mas o que é que está mudando? São as festas que estão ficando ruins? É o preço que baixou e começou a misturar a muvuca? Ou as atrações que mudaram e atraíram uma galera teen para os eventos de adultos? 

Não, nada disso. O tempo foi passando, você foi amadurecendo e deixando de ser porra louca. Os gostos mudaram, a tolerância também e a paciência nem se fala. Amigos partiram, outros chegaram, outros casaram, e os programas com a turma mudaram de direção. E então, já não cabia mais na sua vida de hoje, atitudes, comportamentos, pensamentos de fases anteriores da vida. 

Sim, ELA, a vida nos chama para olhá-la de uma outra forma. Para curti-la de uma outra forma, não menos prazerosa que a fase anterior, mas de uma maneira nova e que pode também ser muito proveitosa.

Então, quando hoje ouço do pessoal próximo aos trinta que "Antigamente é que era bom, hoje dá muita piazada, muita gurizada lá", parece que vejo que uma fase em suas vidas está se extinguindo para dar lugar ao nascimento de outra, mas talvez eles ainda não tenham percebido disso. 

Como dizia Fernando Pessoa: 

"A morte nada mais é que o ponto de partida para o início de algo novo, a fronteira entre o passado e o futuro.

Se você quiser ser um bom universitário, mate dentre de você o secundarista aéreo que acha que ainda tem muito tempo pela frente.

Quer ser um bom profissional? Então mate o universitário descomprometido que acha que
acha que a vida se resume a estudar só o suficiente para fazer as provas. 

...
Enfim, todo o processo de evolução exige que matemos o nosso eu passado, inferior".
(Morrer é preciso)

 Guarde com carinho os momentos bons que ficaram no passado... 

... mas VIVA o presente!


terça-feira, 4 de novembro de 2014

Intervenção no Estado Brasileiro?


Por ironia do destino ou não, justamente no ano em que se completa 50 anos do início da ditadura militar no Brasil, a qual é somente recordada pelo seu lado ruim e persecutório a militantes - exceto pelo depoimento de Cláudio Brito (Jornalista), o povo brasileiro vai às ruas reivindicar às Forças Armadas uma intervenção no Estado Brasileiro. Em 1964, o que motivou o Golpe foi a possibilidade da ascensão de um governo Comunista. Hoje temos um Governo socialista-assistencialista que possui uma cartilha interna ensinando como se perpetuar no poder. 

Há que se lembrar de uma parte da história assim descrita: 
"...a historiografia brasileira recente defende a ideia de que o golpe, assim como a ditadura que se seguiu, não deve ser considerado como exclusivamente militar, sendo, em realidade, civil-militar. Segundo vários historiadores, houve apoio ao golpe por parte de segmentos importantes da sociedade: os grandes proprietários rurais, a burguesia industrial paulista, uma grande parte das classes médias urbanas (que na época girava em torno de 35% da população total do país) e o setor conservador e anticomunista da Igreja Católica (na época majoritário dentro da Igreja) que promoveu a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, realizada poucos dias antes do golpe, em 19 de março de 1964". 
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Golpe_de_Estado_no_Brasil_em_1964) 

Se o Governo Militar de 1964 fez o Brasil descambar para a maior dívida externa do país devido aos empréstimos feitos para desenvolvê-lo de Norte a Sul, asfaltando BRs com o intuito de interligar e escoar a produção dos estados com mais facilidade para outros estados, modernizando as indústrias e criando empregos, neste Governo a evasão de divisas com a criação do Porto de Cuba, o perdão da dívida externa de países para com o Brasil, o enriquecimento ilícito dos mandatários e o aparelhamento do Estado, tem feito com que boa parte dos brasileiros (aqueles que perceberam para onde o país está indo) saia às ruas pedindo intervenção federal. 

Por outro lado, há sim, a criação de programas sociais com o intuito de melhorar a situação de vida de diversas famílias que hoje podem sair da linha da pobreza, bem como o surgimento de oportunidades de profissionalização de pessoas que antes não possuíam acesso a este direito.

Mas isso tudo traz despesas ao governo e há a necessidade de retirar dinheiro de algum lugar para manter o caixa equilibrado. Logo, o aumento de impostos surge como forma de aplacar seus gastos extras e extravagâncias.  

Penso que será necessário observar o próximo ano de governo e aguardar por mudanças. Caso contrário, o Gigante precisará realizar as mudanças.

Para pensar: É ingênuo o a seguir descrito, mas qual a possibilidade de no caso de uma intervenção os militares virem a agir apenas como governo transitório? 

Resta saber se, num utópico golpe de estado, conduzirão o país de forma idônea e correta, como sempre foi a sua formação nas Escolas Militares.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Um giro pelo Mundo II (Curtas)

Bom dia a você leitor! 
Pensando no que escrever, optei pela coluna "Um giro" para falar de várias coisas em poucas linhas. Vamos lá: 

Política

Os debates dos candidatos neste segundo turno estão sendo recheados de trocas de acusações sobre fatos do presente ou do passado. Propostas concretas de governo é o que menos se ouve. Estamos dentro da máquina de lavar onde a roupa suja está sendo lavada. Como brasileiro gosta de uma fofoca, deve estar adorando estes embates. 

O IBOPE anda mal das pernas. Suas pesquisas, mesmo com a margem de erro, estão se mostrando contrárias às intenções do eleitor em diversos estados. No facebook já tem até meme dizendo "Segundo a margem de erro do IBOPE, o cantor Belo é irmão gêmeo do Brad Pitt". O Instituto talvez precise atualizar a sua forma de fazer pesquisas. 

Ebola

Já que uma imagem fala mais do que mil palavras, sugiro para quem quiser se informar mais a respeito do vírus Ebola, um filme muito bom de 1995, com a Rene Russo, Dustin Hoffman e Morgan Freeman: "Epidemia". Vale a pena conferir! 

E para atualizar a informação, até o presente momento a ONU acredita que o número de vítimas pelo vírus esteja em torno de 15.000 e não cinco mil como foi divulgado anteriormente. 

Esporte

Pietro Fittipaldi, neto de Emerson Fittipaldi, bicampeão de Fórmula 1 (1972-1974) está para ser contratado pela escola de pilotos da Ferrari. Quem sabe está aí o início de um novo campeão brasileiro. Seja bem vindo e nos traga alegrias.

Ciência 

Duas alunas brasileiras, do ensino médio e técnico, foram premiadas em um concurso de ideias inovadoras da Universidade de Harvard. Georgia Gabriela da Silva Sampaio pesquisa um método menos invasivo para o diagnóstico de Endometriose e Raíssa Muller pesquisa o desenvolvimento de uma esponja que repele a água e absorve óleo. Cabeças pensantes do Brasil de 1º mundo que queremos. 


terça-feira, 14 de outubro de 2014

Ebola... Ê mundo!

O vírus ebola surgiu pela primeira vez em 1976 no Zaire. Ao longo dos anos, houveram diversos focos da doença, mas nenhum com tamanha capacidade de propagação e mortalidade como o deste ano.

Líderes de países diziam que era um surto local e que “inclusive” já havia sido controlado. Mas os médicos sem fronteiras e os cientistas alertaram para uma possível epidemia em grande escala.

O que agora vejo é o despreparo do mundo para lidar com uma doença que não possui tratamento específico. Apressaram-se em divulgar uma medicação experimental – o ZMAPP – o qual não se sabe ao certo a sua eficácia, tendo em vista que algumas das pessoas que foram tratadas com ele morreram (http://br.reuters.com/article/worldNews/idBRKBN0GP1AO20140825)

Limitando-me ao Brasil, no qual a atual Presidente fez discurso anteriormente permitindo e incentivando a vinda de imigrantes e refugiados de outros países, dizendo que nossas fronteiras estão abertas, me pergunto: Estamos preparados para lidar com a entrada de pessoas infectadas?

Baseando-me em conversas com pessoas melhor informadas do que eu, tenho duas respostas: SIM e NÃO.

Começo com a hipótese do NÃO. Primeiro, não temos controle suficiente de fronteiras. Nenhum presidente eleito democraticamente até hoje se importou com essa questão. Logo, vejo nos noticiários pessoas das mais diversas partes do mundo adentrando o Brasil por meio de países fronteiriços, pelo mato, estradas de terra ou sendo trazidos por coiotes que ficam com suas poucas economias e seus documentos.

Segundo, até agora não alardeamos o desenvolvimento de nenhuma vacina contra o vírus. Será que vamos utilizar o obscuro ZMAPP?

Por outro lado o SIM. Li que o Brasil já vinha se preparando para a vinda de estrangeiros à Copa do Mundo desde o início de 2014. Assim, estaria preparado para possíveis turistas contaminados por algum tipo de vírus, e isso incluiria o ebola. A vigilância epidemiológica já contaria com locais e medicamentos em stand by caso algum problema acontecesse.

O jeito é aguardar e esperar que o vírus não chegue até a porta de nossas casas. Ele pode ser transmitido por sangue ou fluídos corporais. Os homens que sobrevivem à doença continuam a ser capazes de a transmitir o vírus por via sexual durante cerca de dois meses.

Adiante...

Não é de hoje que ouço que a África é o laboratório do mundo.

Eu sei, é cruel dizer isso, mas se pensarmos bem lá no fundo, tem algum sentido. Infelizmente grande parte deste continente é desprovido de tudo o que é mais básico para a vida de um ser humano. E isso inclui informação e educação. Por esses motivos, grandes corporações farmacêuticas testam seus tratamentos, de maneira oculta, nas pessoas deste continente (https://pt.wikipedia.org/wiki/Febre_hemorr%C3%A1gica_%C3%89bola). E sabe-se lá quão desastrosos podem ser esses testes.

Penso que o mundo não está preparado. Não a curto prazo. Nem para lidar com uma possível pandemia.

Precisamos organizar nosso quintal, urgente! 

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Pessoas semelhantes, épocas diferentes 2

Continuando com o tema do post anterior de mesmo nome, coloco aqui a segunda parte deste assunto interessante. 


Vivemos uma vida só? Vivemos mais de uma vida? Fazemos viagens no tempo? Existiram pessoas com o nosso rosto em outras épocas? Fica para a sua análise, leitor. 


(clique nas imagens para vê-las em tamanho maior)

1.
Justin Timberlake é parecido com um criminoso do século XIX? ou não? 


2. 
 Eddie Murphy é bem parecido com o Senhor da foto antiga, não acham?
 

 3.

 O ator Christian Bale e este personagem do século XIX (não me recordo o nome)


 4.
O ator Hank Azaria e o filósofo austríaco Rudolf Steiner.


5. 
A foto antiga de uma moça chamada Judy Zipper e o ator Leonardo di Caprio ao lado. 


6. 


Robin Williams tem alguma semelhança com John Brown, abolicionista norte-americano?


É isso! 
Quem sabe o seu rosto não estará numa foto, imagem ou pintura de alguém que viveu no século XIX ou até antes? 

Abraço a todos.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Homenagem: Há 40 anos...

Uma história que talvez muitos não conheçam. 

Em outubro de 1974 era lançada oficialmente a equipe Fittipaldi F1 team, com o patrocínio da Copersucar. Os donos eram Wilson e Emerson Fittipaldi.



A equipe ficaria conhecida como Copersucar Fittipaldi, a única equipe brasileira a competir na Fórmula 1, entre os anos de 1975 e 1982.

(clique para ver em tamanho maior) 


Fica aqui a homenagem do Blog.       


quinta-feira, 2 de outubro de 2014

A Rainha está nua

Filosofando com uma amiga do trabalho no dia de ontem, lembramos de um conto do ano de 1837, de autoria de Hans Christian Andersen: A nova roupa do Rei. 

Uma terra distante era governada por um rei vaidoso, que gostava de desfilar com suas roupas feitas de linho de fios de ouro. Lá chegaram dois forasteiros, que vendo a vaidade do Rei, se fingiram de alfaiates e foram conversar com ele. Propuseram ao Rei que fariam as roupas mais lindas que o monarca já havia usado, mas para isso, pediram um baú com moedas de ouro e riquezas como pagamento, além dos fios para tecer as roupas. 

O monarca, envaidecido, assim o fez. Os falsos alfaiates falaram para o Rei: "As roupas que faremos serão tão lindas, que só os mais inteligentes conseguirão vê-la".  Então, os forasteiros passaram vários dias no reino, em frente a uma mesa com um tear, fingindo tecer a roupa e usufruindo do melhor da realeza. 

O Rei, cansado de esperar, foi com seus ministros até os alfaiates, para ver como estava o progresso das roupas. Um dos falsos costureiros mostrou a mesa vazia e falou: "Meu Rei, olhe que lindas roupas! Estão quase prontas"

O rei olhou e, embora não visse nada além de uma simples mesa de madeira, exclamou: "Que lindas vestes! Vocês fizeram um trabalho magnífico!",  pois dizer que nada via seria admitir na frente de seus súditos que não tinha a capacidade necessária para ser rei. Os nobres ao redor, soltaram falsos suspiros de admiração pelo trabalho dos falsos alfaiates, nenhum dos súditos querendo que o outro achasse que eram incompetentes ou incapazes. Os forasteiros garantiram que as roupas logo estariam terminadas, e o rei resolveu marcar um grande desfile na cidade para que ele exibisse as vestes especiais. 

No dia do evento, o Rei passava em meio ao povo com a "suposta" roupa, quando uma criança, chocada com o que via, falou: "O rei está nu!". Um dos populares disse que aquela era a voz da inocência, que criança não mente, diz o que vê, e logo todos começaram a rir. Porém, o monarca permaneceu firme e, orgulhosamente, seguiu em frente.


Fazendo uma analogia com o cenário atual, de proximidade das eleições, é possível perceber em entrevistas e debates, que a presidente Dilma ressalta que seus projetos de governo tem tido sucesso, sendo corroborada por sua equipe de ministros e aliados governistas. 

Quando questionada por seus opositores, pela mídia ou por setores da população brasileira sobre a sua ingerência política em outros campos de atuação, como saúde, segurança, transporte, trabalho, crescimento econômico, etc., ela "tece" um discurso prolixo e cheio de rodeios, não chegando a resposta objetiva, mas enaltecendo a si própria, como se fôssemos nós, cidadãos comuns, que não tivéssemos a inteligência para perceber o êxito de suas ações.

Para não ser taxado de desinformado, é preciso reconhecer que algumas ideias do atual governo, criadas (ou aperfeiçoadas do governo anterior), tem tido êxito, ainda que de forma  restrita. Mas muito está a desejar.

No entanto, mesmo em sua vaidade cega, a Presidente sabe que não somos seus súditos;  somos a criança que está ali, assistindo o seu desfile e gritando: "A Rainha está nua".


E que sirva de exemplo para o próximo presidente: A criança está de olho e um dia crescerá.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Pessoas semelhantes, épocas diferentes

Você já ouviu frase parecida com esta: "Viva bem sua vida porque só se vive uma vez?"
Pois é, eu também. E já me perguntei se isso realmente é verdade. 

Não vou entrar em teorias religiosas nem filosóficas a respeito do tema, mas é muito interessante quando se encontra, em diferentes épocas do tempo, fotos, imagens, pinturas de pessoas que tem grande semelhança física com outras de nosso tempo, sejam elas famosas ou não. 

Recentemente, o fotógrafo François Brunelle tirou fotos de pessoas que não tem nenhum grau de parentesco, que moram em lugares distantes umas das outras, mas que se parecem fisicamente. E isso em pleno século XXI. 

Imagine você, olhando fotos ou imagens de pessoas do passado, encontrar uma com o rosto bem parecido com o seu? Difícil não pensar que já vivemos outras vidas, em outras épocas, ou que, de alguma forma, viajamos no tempo, seja lá como for. 

As imagens foram provadas não terem sido envelhecidas digitalmente. É, no mínimo, intrigante: 

(Clique nas fotos para vê-las em tamanho maior)
1.
 

(Fonte: http://www.dailymail.co.uk/news/article-2043257/Nicolas-Cage-John-Travoltas-1860-doppelganger-photo-eBay.html)

O ator Nicolas Cage e ao lado uma foto do sujeito que viveu em Bristol, Tennessee, na época da Guerra Civil norte-americana. Acredita-se que a foto seja de um prisioneiro de guerra confederado feita em 1870 pelo fotógrafo de guerra cujo nome seria Professor G.B. Smith. 

2.

 (Fonte: http://www.dailymail.co.uk/news/article-2043257/Nicolas-Cage-John-Travoltas-1860-doppelganger-photo-eBay.html)

A semelhança entre o ator John Travolta e a pessoa da foto ao lado, tirada por volta de 1860 é grande. A foto é tão antiga que ela está reproduzida numa lamina de vidro, como era na época vitoriana. 

3. 

Na imagem à esquerda o quadro de um homem desconhecido, pintado por Parmigianino em 1530 e Keanu Reeves ao lado. Na imagem à direita, um quadro com a imagem de Paul Mounet, um ator francês, nascido em 1847 e que morreu em 1922, com Keanu no meio e uma foto do rosto do ator aumentada à direita. 

4. 

O Ator Orlando Bloom também é bem parecido com Nicolae Grigorescu, impressionista romeno do século 19. 

Claro que é mais fácil comparar celebridades com imagens antigas, mas imagine que nós, mortais, também tenhamos alguém muito parecido conosco, em alguma época do tempo antigo.

Para não ficar um texto muito grande, deixo a segunda parte deste assunto para um próximo post.

Abraço a todos.


segunda-feira, 15 de setembro de 2014

A contramão de Pelé e a questão da discriminação

Estamos passando por um período no qual estão ocorrendo diversas tentativas de mudanças de paradigmas. 

É um período turbulento, já que mudanças tendem sempre a desacomodar pessoas e rotinas. Já é de tempo que o país, de forma claramente correta, luta contra o racismo. É algo que continua existindo em pleno século XXI e que, apesar de sermos um povo marcado pela miscigenação, infelizmente temos sim o racismo vigorando em nossas ruas.

Enquanto são criadas Leis que impõem a aceitação de diferentes opções de escolha pessoal, como forma de se ter um país mais igualitário, não se faz uma revisão das leis que punem transgressores, atualizando-as aos tempos atuais, equalizando o tamanho das penas à gravidade dos crimes e contravenções. Existem muitos direitos, poucos deveres e uma enorme inclinação de minimizar ao máximo as penas. 

Criam-se Políticas Públicas na tentativa de melhorar as condições adversas no país, mas nada se modifica se o indivíduo não der um passo em direção a mudar seus próprios conceitos internalizados desde a infância, mas que já não se adaptam assertivamente aos tempos atuais. 


Pelé

Em junho de 2013, alguns milhares de cidadãos se levantaram contra a Copa das Confederações, contra a realização da Copa do Mundo em 2014 e contra as condições de saúde, segurança, estrutura e transporte. E o Rei Pelé, em entrevista às redes de televisão, pediu às pessoas que não se manifestassem, pois isso seria ruim para a imagem do país. Palavras infelizes pronunciadas em momento inoportuno. 

Infeliz também foi o Ronaldo Nazário ao comentar: "Com hospitais não se faz Copa do Mundo". Lamentável. 

Pelé ressaltou as mesmas palavras ditas em 2013 no início da Copa do Mundo. E foi execrado pela opinião pública novamente. Mas como o pensamento dele é o mesmo do Ronaldo "Eu sou uma figura pública, não vai acontecer nada", e sensatez é uma coisa que o Rei do futebol parece desconhecer, novamente ele proferiu suas palavras eloquentes no episódio de racismo ao goleiro aranha, dizendo que ele agiu "errado" ao ficar irritado com as provocações. 

Já dizia Romário: o Pelé calado é um poeta! 

Penso que em nenhum momento deve-se menosprezar o goleiro em sua reação legítima. Se temos uma população que em sua grande maioria é contra o racismo, precisamos apoiá-lo em sua indignação. Há que se superar preconceitos raciais e de gênero a todo custo. 

Por outro lado... 

A torcedora do Grêmio foi pega como bode expiatório nesse episódio. E sua imagem está sendo explorada exaustivamente pelas emissoras de televisão. Sempre que se fala do incidente, é o seu rosto exposto na matéria. Claro que está explícita a palavra dita por ela, o que só valida sua participação no fato. Mas em nenhum momento as câmeras de tv mostraram que a torcida do Grêmio é composta tanto de brancos como de negros. E que estes mesmos torcedores negros também estavam xingando o goleiro. Na imagem é possível ver ao menos dois deles.

 
Uma vez em uma aula da faculdade, assisti um documentário sobre discriminação racial com a Professora Jane Elliott, de nome "Olhos Azuis" (Blue Eyed, 1996). O objetivo do workshop era fazer com que pessoas de raça branca recebessem o tratamento que pessoas de raça negra recebem nos EUA, por apenas uma tarde. O documentário é simplesmente fantástico. É de mudar conceitos e levar à reflexão. Recomendo muito! 




Há que se ter bom senso no que diz respeito a tratar tudo como discriminatório. 

Há que se ter pena "para" (e não dos) os torcedores do Grêmio por uma atitude tão retrógrada e tosca. Precisam pagar pelo que fizeram. Mas nem todos agem assim. Melhor não generalizar.

E há que se tapar a boca do Pelé com esparadrapo para parar de falar besteira. 

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Pérola... A utilidade do dedo

Ontem foi aniversário da minha amiga Ana.

Fizemos uma pequena comemoração no trabalho pelo seu dia. 

Uma vez inventaram uma história de que seu dedo médio era o maior dedo já visto em toda a cidade, quiçá em todo o Brasil! E a história pegou. 

Meu amigo Diego, gaiato que só ele, além de bom desenhista e trovador, resolveu prestar uma homenagem de aniversário em forma de poema à Ana. E o que saiu está abaixo descrito: 


VERSOS AO DEDO DA ANA
Nessas andanças da vida
Eu tenho visto de tudo
De coisas de total fundamento
Até o maior absurdo
Mas se tem coisa mais doida
Que no mundo tenha ganhado fama
Pode tudo isso vir à lona
Pois o que mais me impressiona
É o famoso dedo da Ana

É um pai de todos magrelo
Mas de tamanho grandioso
Me parece até um poste
Só falta ser luminoso
Deve ter muita utilidade
Pra segurar marionete
Também pra apontar caminho
Pra mandar se ferrar um vizinho
E até servir de cotonete

Pra caçar tatu, uma arma
Pra acender luz, um parceiro
Pra coçar as costas, um amigo
Pra xingar, um bagaceiro
Mas de tudo o que eu possa dizer
Tem algo que até tenho medo
Que se Ana um dia se irrite
Pra me insultar não encontre limite
Me enfie no rabo esse dedo.


Feliz aniversário, com o carinho dos teus queridos colegas! :p~


terça-feira, 26 de agosto de 2014

Tornar-se Homem



" O homem quando filho
  deve lapidar o próprio destino
  iluminando seus caminhos 
  com as verdades que aprendeu no lar. 

 Porque querer bem a um filho
 não significa ajudá-lo a crescer
 com nossas verdades.
 Querer bem um filho
 significa ajudá-lo a crescer
 sem nossas mentiras... " 

(Sérgio Reis, em introdução à música Guri, de César Passarinho)

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Você escolhe ou você elege?


Em ano eleitoral, as campanhas de convocação do povo brasileiro para votar em outubro próximo já estão por toda a parte. A propaganda "Vem pra urna" com o Carlinhos Brown é divulgada em horário nobre no mínimo duas vezes. Os jovens estão aumentando a faixa de eleitores que tem se interessado pela política brasileira. No entanto, parece que os de mais idade preferem pensar melhor se vale a pena "ir para a urna". 

Nos tempos atuais temos candidatos de todas as camadas sociais, das mais diversas profissões e sem a menor noção do que é fazer Política (empregando-se o termo de forma justa e honesta). O cargo político é visto como cabide de emprego, um impulso para "fazer o pé de meia", ou uma aposentadoria antecipada. Os partidos estão explodindo de filiados. 

Após esta introdução do assunto, vou direto ao ponto deste post:  

Você ESCOLHE OU ELEGE seus candidatos? 

Penso que a escolha tem a ver com o que chamamos de livre arbítrio, num conceito mais amplo, onde criamos as opções a partir do nosso próprio interesse em algo. 

Quando se fala em eleger, é passado às pessoas a falsa ideia de escolha, fisgando-as pelo brio quando fala-se que "é um dever moral do cidadão brasileiro para com o seu país". No entanto, o termo eleger vem cercado da anterioridade da escolha dos candidatos já ter sido feita pelos partidos. Ou seja, o eleitor estará restrito a eleger pessoas que talvez não surgiram da sua empatia ou interesse. 

Então, como o voto não é facultativo, quando for eleger seus candidatos, busque saber o quanto puder de sua história, seu conhecimento, suas propostas, para descobrir se surge alguma identificação com os mesmos. Isso ajudará você a dar sentido a seu voto e a acreditar que valeu a pena votar.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Lei da Palmada e da Permanência na escola: Dois temas controversos


Antes de fazer qualquer comentário, coloco a seguir uma matéria publicada no site Terra: 

29 de outubro de 2013 • 17h54
Após proibir palmadas, Suécia "sofre" com geração de crianças mimadas


A proibição das punições físicas a crianças foi incorporada ao código penal da Suécia em 1979.

A Suécia, primeira nação do mundo a proibir as palmadas na educação das crianças, se pergunta agora se não foi longe demais e criou uma geração de pequenos tiranos.

"De uma certa forma, as crianças na Suécia são extremamente mal educadas", afirma à AFP David Eberhard, psiquiatra e pai de seis filhos. "Eles gritam quando adultos conversam à mesa, interrompem as conversas sem parar e exigem o mesmo tratamento que os adultos", ressalta.

O livro "Como as crianças chegaram ao poder", escrito por Eberhard, explica porque a proibição das punições físicas - incorporada de forma pioneira ao código penal da Suécia em 1979 - levou, pouco a pouco, a uma interdição de qualquer forma de correção das crianças.

"É óbvio que é preciso escutar as crianças, mas na Suécia isso já foi longe demais. São elas que decidem tudo nas famílias: quando ir para a cama, o que comer, para onde ir nas férias, até qual canal de televisão assistir", avalia ele, considerando que as crianças suecas são mal preparadas para a vida adulta.
O comportamento das filhas levou o casal Märestad a procurar aconselhamento

"Nós vemos muitos jovens que estão decepcionados com a vida: suas expectativas são muito altas e a vida se mostra mais difícil do que o esperado por eles. Isso se manifesta em distúrbios de ansiedade e gestos de autodestruição, que aumentaram de maneira espetacular na Suécia", diz o psiquiatra.

Suas teses são contestadas por outros especialistas, como o terapeuta familiar Martin Forster, que sustenta que, numa escala mundial, as crianças suecas estão entre as mais felizes. "A Suécia se inspirou sobretudo na ideia de que as crianças deveriam ser ouvidas e colocadas no centro das preocupações", afirma Forster. Segundo ele, "o fato de as crianças decidirem muitas coisas é uma questão de valores. Pontos de vista diferentes sobre a educação e a infância geram culturas diferentes".

O debate sobre o mau comportamento das crianças surge regularmente nas discussões sobre a escola, onde os problemas de socialização ficam mais evidente.

No início de outubro, o jornalista Ola Olofsson relatou seu espanto após ter ido à sala de aula de sua filha. "Dois garotos se xingavam, e eu não fazia ideia de que com apenas 7 anos de idade era possível conhecer aquelas palavras. Quando eu tentei intervir, eles me insultaram e me disseram para eu ir cuidar da minha vida", conta à AFP.

Quase 800 internautas comentaram a crônica de Olofsson. Entre os leitores, um professor de escola primária relatou sua rotina ao passar tarefas a alunos de 4 e 5 anos: "Você acha que eu quero fazer isso?", disse um dos alunos. "Outro dia uma criança de quatro anos cuspiu na minha cara quando eu pedi para que ela parasse de subir nas prateleiras".

Após um estudo de 2010 sobre o bem estar das crianças, o governo sueco ofereceu aos pais em dificuldade um curso de educação chamado "Todas as crianças no centro". Sua filosofia: "laços sólidos entre pais e filhos são a base de uma educação harmoniosa de indivíduos confiantes e independentes na idade adulta".

Um de seus principais ensinamentos é que a punição não garante um bom comportamento a longo prazo, e que estabelecer limites que não devem ser ultrapassados, sob pena de punição, nem sempre é uma panaceia.

"Os pais são instruídos a adotar o ponto de vista da criança. Se nós queremos que ela coopere, a melhor forma de se obter isso é ter uma relação estreita", afirma a psicóloga Kajsa Lönn-Rhodin, uma das criadoras do curso governamental. "Eu acredito que é muito mais grave quando as crianças são mal-tratadas (...), quando elas recebem uma educação brutal", avalia.

Marie Märestad e o marido, pais de duas meninas, fizeram o curso em 2012, num momento em que eles não conseguiam mais controlar as crianças à mesa. "Nós descobrimos que provocávamos nelas muitas incertezas, que elas brigavam muito (...) Nós tínhamos muitas brigas pela manhã, na hora de colocar a roupa para sair", relembra essa mãe de 39 anos. "Nossa filha caçula fazia um escândalo e nada dava certo (...) Nós passamos por momentos muito difíceis, até decidirmos que seria bom se ouvíssemos especialistas, conselheiros", conta Märestad, que é personal trainer em Estocolmo.

O curso a ajudou a "não lutar em todas as frentes de batalha" e a dialogar melhor. Mas para ela, as crianças dominam a maior parte dos lares suecos. "Nós observamos muito isso nas famílias de nossos amigos, onde são as crianças que comandam".

Segundo Hugo Lagercrantz, professor de pediatria na universidade Karolinska, de Estocolmo, a forte adesão dos suecos aos valores de democracia e igualdade levou muitos a almejarem uma relação de igual para igual com seus filhos. "Os pais tentam ser muito democráticos (...) Eles deveriam se comportar como pais e tomar decisões, e não tentarem ser simpáticos o tempo todo", diz Lagercrantz.

Ele vê, contudo, algumas vantagens nesse estilo de educação. "As crianças suecas são muito francas e sabem expressar seu ponto de vista", afirma. "A Suécia não valoriza a hierarquia e, de uma certa forma, isso é bom. Sem dúvida, esta é uma das razões pelas quais o país está relativamente bem do ponto de vista econômico".
 
Fonte: (http://noticias.terra.com.br/mundo/europa/apos-proibir-palmadas-suecia-sofre-com-geracao-de-criancas-mimadas,477a68fadb402410VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html)

Bom, diante desta matéria, vou colocar minha opinião: 

Penso, baseado em meu próprio aprendizado quando criança que, caso haja a repetição de um comportamento inadequado, já anteriormente chamado a atenção uma ou duas vezes pelos pais de forma verbal e sem o entendimento da criança, ou quando esta última o repete como forma de afrontar ou testar a autoridade dos pais, uma palmada na mão ou na bunda da criança, na região glútea (não em pernas, braços, costas, cabeça, etc) e com a palma da mão - DE FORMA SENSATA E MODERADA, explicando exatamente e naquele instante o motivo pelo qual esta ocorrendo a punição, pode sim ser produtivo. Também vejo o castigo na forma de retirar o que a criança mais gosta (vídeo game, desenho, computador, etc) como algo produtivo. Mas essa é só a minha mera opinião. Enfim.

Há que se levar em conta fatores subjetivos também, como o cansaço dos pais, a falta de paciência, a capacidade de levar o filho a sério, como ser que pode entender a conversa como algo instrutivo e limitador do comportamento inadequado. Muitos pais acham que a criança não entende um olhar mais carrancudo ou uma mudança no tom de voz como forma de limitar o que ela está fazendo errado. Mas entendem. Por isso as pessoas de mais idade vez por outra dizem: "Era só o pai olhar de cara feia pra gente que já parávamos de fazer bagunça". 

A questão da Lei da palmada é controversa, pois vem ampliar, a meu ver, os direitos da criança definidos com a criação do ECA. Foi retirado dos pais a capacidade de limitarem os filhos, tendo em vista as crianças utilizarem-se de birras ou até mesmo comportamentos agressivos com os genitores quando não tem seus desejos atendidos. 
Mas e por que isso acontece? 
Talvez em parte pelo mercado consumista que temos hoje, que transforma a criança em um adulto precoce, desejando cada vez mais o que o outro tem ou o que o mercado oferece. E os pais, se desdobram em três turnos para conseguirem prover aos filhos aqueles caprichos que eles querem. 

E se pai e mãe não tem condições? Os filhos berram, esperneiam, chutam e dão soco nos pais, derrubam e quebram coisas em casa. Ou no supermercado. E se os pais tomam alguma atitude mais enérgica, são castrados por olhares de outras pessoas, quando não ameaçados de serem denunciados no Conselho Tutelar. Ficam, então, privados de ação.

O Conselho Tutelar, tendo como uma de suas atividades fins, pode vir a retirar a criança do convívio dos pais, como forma de protegê-la de abusos e colocá-la em uma casa de passagem, local desconhecido pela maioria das pessoas e esquecido pelas prefeituras em termos de manutenção de estrutura e provimento de recursos humanos capacitados. Sem falar na questão da alimentação deficitária. E eu sei do que estou falando. Punem-se os pais, pune-se a criança.

Mas espere aí: De todo talvez essa Lei não seja tão absurda assim. Num propósito mais amplo, talvez ela, a Lei, esteja cobrando dos pais mais atenção aos filhos e um cuidado mais próximo sobre sua conduta. Mas como fazer isso se pai e mãe trabalham fora, por exemplo? Acabam por transferir a responsabilidade do "educar" para a escola. 


Aí temos outro problema: A escola não "educa", ela "ensina" de forma didática. A educação tem que partir de casa, é o que ouço de pais e mães que converso e é um olhar que concordo. 

Só que, novamente, e num Stricto Sensu que é o ensino escolar, entra em pauta um Projeto de Lei o qual quer acabar com as punições a alunos na escola. Como passar um conteúdo a trinta alunos quando se tem três ou quatro que atrapalham a aula? Uma das formas era separar o joio do trigo. Retirar o aluno da sala, dar uma suspensão de alguns dias, até chegar o extremo da expulsão. Eram formas adotadas pelo modelo clássico das escolas. Agora não se pode mais. 

Então o que fazer? 

Conversando com uma amiga de trabalho, ela me disse algo interessante: "Rodrigo, há que se mudar o modelo de formação de pais e professores". E eu pensei comigo que aquela explicação era demasiado sintética e queria mais detalhes. Então ela me disse que a escola deveria ser um local lúdico, um local atrativo para aquelas crianças que um dia se tornariam pais. Um lugar onde a criança, o adolescente, o adulto, o professor fosse ensinado a pensar e não a simplesmente reproduzir um modelo clássico e no qual certos conteúdos são questionados de sua aplicabilidade prática no dia-a-dia. 

Devido a este modelo que temos hoje, há grandes níveis de evasão escolar. A escola não é atrativa ao aluno, isso resulta em desinteresse de conteúdo e falta de atenção dentro da sala.

A criatividade passaria a ser ferramenta indispensável ao professor e ao aluno, de maneira que ambos participassem ativamente do processo construtivo do saber, e não somente o
professor sendo o lado ativo e o aluno o espectador passivo. Em escolas rurais talvez tirássemos um bom aprendizado desse exemplo, visto que professores precisam ensinar quatro séries diferentes, com quatro níveis de idade e por conseguinte de capacidade cognitiva, numa mesma sala de aula.



Deixo no ar o assunto para possíveis discussões ou comentários. 

Voltando à questão dos pais e filhos. É um assunto complexo devido à subjetividade de cada um. Vejo filhos hoje adultos agradecendo a firmeza dos pais quando aqueles eram crianças. Vejo os adolescentes de hoje dizendo que nunca proibirão os filhos de nada quando ficarem adultos, porque não querem passar pelas restrições que eles passam hoje com os pais em casa. Vejo pais que não tem tempo de conversar com seus filhos ou acompanhar seu desempenho escolar devido a motivos de necessidade básica dando coisas materiais para compensar sua ausência afetiva. 
 
Mas também vejo pais com dois ou três empregos se virando para se fazerem presentes na vida e educação de seus filhos. 




O fato é que estamos desconexos. Desconexos de uma cadeia harmoniosa de ensino e aprendizagem para a vida, para o contato social, para os valores familiares. Estamos no meio de um furacão de mudanças, tentando recriar ou criar um modelo a partir de Políticas Públicas que nos permita refazer o elo de todas as coisas da natureza humana. E estamos indo por tentativa e erro.

Rodrigo Martins