sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Viralizou na Web (ou "Como estão raras as boas atitudes")

O post de hoje é sobre um assunto o qual tem me deixado um tanto intrigado, mas não surpreso, já que trabalho com a psiqué há um bom tempo.

Tenho visto que algumas imagens na web ganham destaque, por conta de seus compartilhamentos, curtidas e opiniões. E acabam chegando aos sites de notícias com o título "Viralizou na Web".

Quando isso acontece, também tenho curiosidade de saber o que viralizou. Em parte são imagens ou matérias de pouco ou nenhum conteúdo que possa me adicionar algo de útil. Mas às vezes aparece algo interessante que me faz refletir, curtir, apoiar.

Entre estes momentos, encontrei três situações interessantes que me fizeram pensar muito antes de escrever este post. Abaixo estão elas: 


(clique para ampliar)

Um pai caminhando com seu filho em um dia de chuva, com o adulto todo molhado, utilizando o guarda-chuva para proteger o menino.

Um médico cirurgião distraindo uma pequena paciente que se prepara para fazer uma cirurgia cardíaca.

Um policial distraindo uma criança que havia acabado de sofrer um acidente automobilístico junto à família, como se pode ver o carro capotado mais ao fundo, com os demais sendo resgatado pela equipe médica.

Mas por que estas imagens viralizaram na web?

Em tempos de individualismo, onde as pessoas estão mais preocupadas em olhar para os seus próprios umbigos, além da tecnologia facilitar um aumento das amizades virtuais e diminuição das reais, acredito que devido ao isolamento que ela proporciona (é só ver um grupo de adolescentes no shopping, sentados em uma mesma mesa, e cada um olhando o seu próprio celular, sem conversarem entre si), imagens como as acima, de atenção e preocupação com o próximo, que deveriam fazer parte de nossa vida diária, são colocadas no topo de uma lista de coisas a se admirar.

Em nenhum momento digo que tal ação de promover as imagens esteja errada, de forma alguma. Mas penso que passamos por um período em que as pessoas, em seu íntimo, estão precisando se reforçar de coisas boas. E quando digo isso me refiro a palavras com significado mais profundo e duradouras como atenção (genuína, estar disponível), compreensão (entender, se por no lugar de), escuta (saber "ouvir" o outro), confiança, cumplicidade.

A necessidade de as pessoas se reforçarem internamente por meio de imagens que reflitam coisas boas, que preencham o coração quando as vemos, pode vir do fato de que a realidade está se apresentando um pouco mais cinza e menos colorida. O que recebemos de informações hoje em dia me faz perceber que em torno de 70% (por assim dizer) são conteúdos negativos, tristes, superficiais, que não confortam as pessoas em sua ideia de esperança quanto a um futuro melhor. 


Infelizmente temos um mundo que se alimenta do que é chocante e não do que é harmonioso. Somos bombardeados por reforços negativos, e aí haja resiliência para se adaptar e lidar com estas situações.

Não vou entrar no quesito felicidade pois isso é subjetivo à visão de cada um.

Por outro lado, a partir do momento em que uma "imagem real do cotidiano" é reproduzida ou compartilhada, e possibilita um impacto positivo, ela pode vir a formar uma corrente do bem, que produza efeitos benéficos para aqueles que tiverem acesso a ela. 


Se esta imagem trouxe algum sentimento bom, um momento de paz, de empatia, então cumpriu seu objetivo, que é o de preencher com algum sentido, ao menos por um instante, o vazio existencial que temos dentro de nós. E se a imagem conseguir fazer com que algo interno mude para melhor, então evoluímos em nossa essência.

Dito isso (e não vou me alongar entrando em questões que levariam mais dez parágrafos para descrevê-las), faço uma proposta a você que está lendo este texto:   

Se as imagens acima lhe trouxeram algum tipo de sentimento bom, busque estar atento ao ambiente ao seu redor. Registre uma atitude humana positiva, um fato que demonstre algo de bom (NÃO de pena, dó, etc), na sua cidade, na sua escola, no seu trabalho, na rua, enfim... e compartilhe-o!

Apesar de as redes sociais só mostrarem uma falsa ideia de felicidade inesgotável, vamos utilizá-las para atingir as pessoas em sua essência: o fazer o bem


segunda-feira, 20 de julho de 2015

Escrevendo um livro

Olá leitores do Blog, informo que ando ausente pois estou escrevendo um livro e meu foco está totalmente voltado para isso, no momento. É um livro de ficção científica sobre um assunto o qual gosto muito... Atlântida! 






Está com mais de duzentas páginas e estou me encaminhando do meio para o final. Ainda falta escrever em torno de umas cem. 

A imagem acima é apenas ilustrativa e NÃO faz parte do livro. Eu a tirei da internet para colocá-la aqui.  

Logo voltarei com algum assunto relevante para o blog. 

Abraço a todos. 

Rodrigo. 
 

terça-feira, 16 de junho de 2015

A caretice dos brasileiros

Estes dias li a respeito da indignação que o diretor Denis Carvalho e o escritor da novela das 21hs da Globo estão, com o povo brasileiro. 

Bradam ambos, que as pessoas estão caretas, que estão retrocedendo e ficando mais conservadoras. A fala vem da rejeição do público pela respectiva novela, que tem como chamativo básico traições, roubalheira, nudez, sexo, violência, etc. Ou seja, a novela reproduz e incentiva comportamentos de completa falta de ética, de respeito, de valores familiares, colocando para a população como se fosse algo normal. 

E ambos os profissionais à frente da novela reclamando que eles estão mostrando tudo o que acontece na vida real e as pessoas, num movimento "hipócrita" segundo eles, estão boicotando o enredo e colocando o folhetim com o pior ibope das novelas da Globo na atualidade. Está certo que, em algum momento, tudo o que acontece na novela, pode acontecer na vida real, mas banalizar, tratar assuntos que destoam de uma organização social harmônica é no mínimo incentivar uma anarquia coletiva, jogando no lixo todas as regras de convivência moldadas pela sociedade ao longo de séculos.

Nossa sociedade chegou a um ponto de liberdade e libertinagem neste início de século XXI que as pessoas, por elas próprias, estão pedindo certa dose de limite, de retorno a busca de valores éticos, morais e familiares, seja nas ações, nas imagens, nos meios de comunicação, na política, etc. 

A mídia, com esta fala do diretor e escritor, está passando a ideia de que é errado o ser humano desejar menos nudez, menos cenas de sexo, menos traições, menos roubalheiras na tv. É caretice, é hipocrisia, dada tamanha ausência de limites e leis para a chamada "liberdade de expressão".  

Penso que este caminho "inverso" que as pessoas estão fazendo, de pedido de retomada de valores éticos e morais é um passo importante, um resgate de um estado de bem estar social singular que para alguns dá a impressão de que estamos querendo retomar uma época de censura. Não é isso. 

A busca por menos vulgaridade, violência e outros estados de "liberdade" não quer dizer que buscamos voltar a uma época de censura, mas que desejamos sim, programas de melhor qualidade, que incentivem o ser humano a valorizar a família, o trabalho, o companheirismo, as relações sociais de confiança, a honestidade, para que um dia (utopicamente) possam as pessoas caminhar para a busca de um mundo melhor. 

Não assisto à novela das 21hs, mas leio diversos sites de notícias. Há uma onda, a qual não sei se vai passar, que no momento busca a correção de atitudes e valores. Não é a onda do politicamente correto, o qual já disseram em texto de outro site, que deixou o mundo um pouco mais chato (e eu também penso que ficou), mas é uma busca por valores que estavam se perdendo, e com isso, deixando as pessoas mais confusas e sem referências assertivas. 

E penso também que, SE os profissionais que lidam com o entretenimento na televisão forem inteligentes, saberão perceber este movimento, este comportamento do público, e
buscarão fazer programas mais inteligentes, voltados à demanda que está sendo apresentada pelos telespectadores. Ainda que engatinhando, ainda que utopicamente, as pessoas estão desejando ver as coisas no futuro darem certo de forma correta, o felizes para sempre, o the end (o fim) que as façam pensar, ao deitar a cabeça no travesseiro, que o dia seguinte pode ser melhor, que as pessoas podem ser melhores, que o mundo pode se tornar um lugar melhor.

terça-feira, 19 de maio de 2015

O vírus da AIDS (HIV) e o jovem do século XXI

Hoje em dia as campanhas televisivas de prevenção contra o vírus HIV diminuíram de intensidade. Ocorrem de forma mais pontual, próximos a datas festivas ou quando da proximidade de um evento no qual jovens - em sua maioria - são convidados a participar.

Talvez pelo fato de existirem serviços especializados em atender pacientes com esta demanda, talvez pelo aperfeiçoamento das medicações que controlam a reprodução do vírus no corpo humano, talvez pela responsabilidade de trabalhar com campanhas de prevenção ter se tornado regionalizada (ao estado, ao município).


Nascidos nos anos 70 e 80 foram bombardeados de informações a respeito da AIDS, por não existir cura e ser uma doença fatal. Vimos ídolos da música como Freddy Mercury, Renato Russo e Cazuza sucumbirem à essa doença. Assistimos na tv quase que mensalmente a índices de saúde que informavam o aumento das pessoas contaminadas pelo vírus. Houve uma histeria coletiva quando foi comunicado à população que os grupos de risco (gays, usuários de drogas) não existiam mais e a doença estava atingindo pessoas de todas as classes sociais. Crescemos levando uma ou duas camisinhas na carteira para o caso de uma eventualidade. E aplaudimos quando as mulheres ganharam força para exigir de seus parceiros o uso do preservativo e o teste de HIV a cada ano ou novo relacionamento.

Mas com a atual geração, nascida a partir de 1995, a questão é:

Há um "relaxamento" dos jovens em relação à atenção que devem dar a UMA DOENÇA QUE AINDA HOJE (2015, século XXI) NÃO EXISTE CURA! E digo um relaxamento no sentido de estarem sentindo-se mais à vontade em conviver com este assunto e também a um estado de não fazerem muita questão de se informar sobre ele e sua gravidade, ou seja, serem relaxados em termos de informação e de auto cuidado.
Já ouvi adolescentes desinformados dizerem: "Ah, aids já tem cura, dá pra tomar o remédio, não precisa mais usar camisinha". 

Mas Rodrigo, você não pode falar isso, não pode chamar os jovens de relaxados, não pode generalizar. Posso Sim! E não estou generalizando. Pergunte ao seu filho/filha, sobrinho, amigo/a adolescente o que ele/a sabe sobre aids.

A utilização e eficácia das medicações de controle (coquetéis) estão colocando a AIDS na vala das doenças comuns que podem ser tratadas com facilidade. Mas não há cura!!!!!!!

Trabalho com adolescentes, jovens adultos e adultos. E há um desconhecimento por parte deles a respeito desta doença. Quanto aos adultos, infelizmente persiste aquela velha e errada ideia contra o uso de preservativo: é como comer bala com papel.

Uma segunda questão: Ainda há grande resistência das escolas em tratarem como temas transversais a questão da AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis (dsts) com seus alunos. Para que se possa falar sobre o assunto em forma de palestra, mostrar formas de prevenção como a camisinha, há que se mandar uma autorização para os pais do aluno. Na sequência, temos alguns pais que ainda acham que se o filho/filha assistir uma palestra sobre um tema relacionado à sexualidade, vai estar sendo incentivado a uma vida sexual a qual talvez eles ainda não tenham sido expostos ou não estejam preparados. E aí, os entraves para a informação do jovem sobre este tema começam. Logo, penso que esta orientação deveria começar dentro de casa, dada pelos próprios pais a seus filhos.


Converso com adolescentes que me falam que já fizeram sexo sem camisinha. Alguns porque não sabem colocá-la, outros porque até colocar vai brochar, outros porque na hora H só o que interessa é o ato em si. E são meninos e meninas! Acabo por dar orientações de cuidados básicos até a correta prevenção.

E a coisa ainda é mais ampla. Há diversas doenças sexualmente transmissíveis que não somente a AIDS.

Há alguns dias atendi a uma mãe e seu filho no Pronto-Socorro do hospital o qual trabalho. Ela suspeitava que o filho estava usando drogas. O exame resultou negativo. Então conversei sobre a questão da prevenção de dsts, já que o uso de drogas está ligado à possibilidade do jovem contrair alguma dst. 


Em determinado ponto da conversa, falei que além da aids, havia outras dsts que poderiam ser contraídas e que poderiam causar feridas, ardência ou corrimento na região genital, tanto do homem quanto da mulher. Ao final, quando estava encerrando o atendimento, o adolescente pediu para falar comigo em particular. Relatou que estava com feridas na cabeça do pênis e coceiras na região genital, que traziam dor quando na realização do ato sexual. 

Perguntei se ele havia usado camisinha, ele informou que não e que a menina tornou-se sua namorada desde então. Então questionei se ele havia percebido alguma ferida na região genital de sua namorada, se ele havia falado para ela sobre as feridas em seu pênis ou se ela havia comentado alguma coisa com ele sobre as feridas em sua vagina, até como forma de um proteger ao outro. Ele falou que nenhum dos dois comentou nada com o outro, mas que ele percebeu que a região genital dela apresentava certas feridas. No entanto, não deu muita bola. Perguntei se antes dele estar com ela, ele já apresentava estas feridas ou foi após conhecê-la, ao que não soube me responder. Orientei a falar para a mãe e a buscar atendimento com um urologista, bem como dizer para sua namorada procurar um ginecologista, pois provavelmente haveria a necessidade do uso de medicação.

Há que se retomar as campanhas contra a AIDS para este público que nos dias de hoje são adolescentes e que estão iniciando a vida adulta.


Pais! Não existe mais espaço para vergonha de conversar com seus filhos sobre sexualidade. Procurem se informar sobre o vírus HIV e dsts e conversem com eles. A educação e a informação começam em casa!

E você, adolescente que talvez esteja lendo essa matéria, cuide da sua saúde, use preservativo ou exija que seu parceiro use. Se informe!

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Depressão, o mal do Século XXI

A Depressão é SIM uma doença. E Comprovada pelos sintomas físicos/orgânicos, psicológicos, sociais e laborais que apresenta. 

Começo com os sintomas: 
Físicos/orgânicos - Cansaço, desânimo, insônia ou hipersonia, diminuição da vontade, perda ou aumento do apetite, palidez, pele fria, diminuição a libido (do desejo sexual), diminuição da resposta sexual (disfunção erétil, anorgasmia), anedonia (incapacidade de sentir prazer em várias esferas da vida). Lentificação corporal.

Psicológicos - tristeza, melancolia, choro fácil ou frequente, apatia (tanto faz como tanto fez), sentimento de falta de sentimento (não estou sentindo mais nada), aborrecimento crônico, irritabilidade (a ruídos, pessoas, vozes, etc), angústia, desespero, desesperança,  pessimismo, arrependimento, culpa, ruminações com mágoas antigas, tédio profundo, ideias de morte, desejo de desaparecer, de dormir para sempre, atos suicidas. Déficit na atenção e na concentração, esquecimento, dificuldade de tomar decisões ou dar respostas, pseudodemência depressiva. Baixa autoestima, sentimento de incapacidade, de vazio, de vergonha e autodepreciação. Tendência a permanecer na cama por todo o dia, diminuição da fala ou fala lentificada, mutismo (pessoa fica muda). Ideias delirantes de conteúdo negativo (distorção da realidade na qual vive), alucinações auditivas predominantes, pensamento e comportamento paranóico (todos estão contra mim). 

Sociais - Isolamento social e familiar. Resistência a sair de casa ou em estar em meio a outras pessoas, pânico de falar com outras pessoas. Afastamento de amigos e colegas devido a pessoa estar sempre com o humor triste.

Laborais - Lentidão ao realizar tarefas, déficit na qualidade e quantidade do trabalho, atrasos ou faltas, falta de atenção, perdas de prazos, displicência. 

Humor triste... é a característica básica da Depressão. Nada é colorido mais, tudo está cinza. Nada tem graça, nada tem gosto. E há pelo menos três a seis meses que este sentimento acompanha a pessoa. Em último grau, ela pode levar ao suicídio.

A Depressão pode desencadear outras doenças psicológicas, tais como Transtorno de Pânico, Transtornos Psicóticos, entre outros. Pode causar sintomas orgânicos (o corpo fala!), como diarréias, vômitos, dores de cabeça, tremores, fraqueza nos braços e pernas, falta de ar, aperto no peito, sensação de enforcamento, visão turva, entre outros.

Algumas pessoas tendem a dizer que Depressão é falta do que fazer. Estão erradas! 

A Depressão está ligada a alguma insatisfação, algo não resolvido (ou que não se consegue resolver naquele momento e causa ruminação), ausência de afeto. 

Aliás a Ausência de afeto está ligada diretamente a quadros depressivos de mulheres entre 25 e 45 anos de idade. A ideia do homem de que está dando à mulher casa, comida e conforto, sem ter que se preocupar com ATENÇÃO E CARINHO é totalmente errada e contribui e muito no desenvolvimento da depressão. E falo isso com a propriedade de quem trabalha há dez anos em hospital, com saúde mental. 

E quem pensa que o homem não tem depressão, está enganado. Por sua criação e por ter que desempenhar um papel forte dentro de uma sociedade que lhe cobra em todos os sentidos, o homem sofre calado. Enquanto a mulher divide seu sofrimento com outras amigas - e isso ajuda a minimizar o desenvolvimento de um quadro depressivo - o homem permanece introspectivo e lidando sozinho com seus problemas (o problema é meu, não tenho que dividi-lo!) o que faz com que desenvolva diversos problemas orgânicos - pressão alta, diabetes, colesterol, triglicerídeos, Derrames cerebrais (AVCs) e infarto do coração.

Sim, e esses são alguns dos motivos pelos quais as mulheres vivem mais do que os homens.

Além disso, a depressão no homem pode descambar para uma comorbidade gravíssima: o ALCOOLISMO. E este, por sua vez, é responsável pela ruína de famílias inteiras. Violência, agressão, humilhações, abandono, vergonha, suicídio, homicídio, etc., podem ser aliados à questão do álcool.

Vejo no hospital homens entre 35 e 55 anos internando por alcoolismo/depressão devido à perda de emprego, separação conjugal, perdas familiares, abandono, etc. A perda da família tem sido percebida como o fator principal da "manutenção" do quadro de alcoolismo. Digo manutenção porque o início de tudo pode se dar com uma depressão, que se associa a um quadro de alcoolismo, que gera conflitos familiares ao longo de meses ou anos e resulta num quadro de separação conjugal. Abandonado, o homem acaba se afundando mais no alcoolismo. E não estou dizendo que este homem é vítima: Perceba que o início de tudo é por dois fatores aliados: depressão e alcoolismo. 

Uma ressalva aqui: Mulheres tem melhor capacidade de conseguir viverem a vida sozinhas do que os homens. Os homens não admitem, mas pelo que percebo, precisam de uma família que lhes dê sentido e para a qual possam retornar ao fim do dia. Além disso, a família muitas vezes o ajuda a guiar sua vida. 

Mas voltando à Depressão, a qual é o tema principal. Ela tem cura? Tem tratamento? É incapacitante? É frescura? 

A Depressão não é frescura. E na maioria dos casos não é incapacitante, ou seja, a pessoa pode sim estar em tratamento para depressão e continuar trabalhando. 

O tratamento para a Depressão consiste no uso de psicofármacos (antidepressivos, ansiolíticos, estabilizadores de humor, antipsicóticos) aliados à PSICOTERAPIA.

Sim, há a necessidade de fazer PSICOTERAPIA pelo simples fato de que a medicação vai evitar a consequência do problema, ou seja todos os sintomas já citados nos parágrafos anteriores. A medicação vai evitar que a pessoa tenha uma crise. 

Porém a medicação não vai tratar o principal: ---> A CAUSA do problema. O que está acontecendo na sua vida que está te deixando com depressão. Quais os problemas que te acompanham, quais insatisfações, quais mágoas que estão travando a sua vida. Tudo isso somente a psicoterapia irá te ajudar a resolver.

E se a CAUSA do problema não for tratada com Psicoterapia, o problema continuará mesmo com o uso da medicação. E a tendência é que a pessoa continue depressiva, trocando de psiquiatra e de remédios a cada ano e dizendo que o remédio não faz efeito.

A Psicoterapia, a mudança de percepção, de comportamento e de rotina, aliada ao uso da medicação psicofarmacológica pode ajudar e muito no tratamento e cura da depressão.





terça-feira, 17 de março de 2015

Caminhando, cantando e seguindo a canção...

15 de março de 2015.

Novamente a população se organizou para mostrar sua indignação contra a corrupção que temos no governo da Presidente Dilma Rousseff. 

Os protestos foram comparados aos que tivemos em Junho de 2013, contra o aumento de R$0,20 centavos nas passagens de ônibus e também contra a realização de uma Copa do Mundo no Brasil no ano de 2014, visto a lamentável situação da educação, da saúde, da segurança e de tantas outras questões que estavam e continuam insustentáveis em nosso País. Só que com uma gritante e feliz diferença: Não houveram depredações, nem Black Blocks, nem balas de borracha e gás lacrimogênio pela polícia. 

Estive presente na manifestação. E foi interessante perceber que, aquela música do Geraldo Vandré - Pra não dizer que não falei das flores, mais conhecida como "...caminhando e cantando e seguindo a canção", entoada por milhares à época da ditadura militar, e talvez pela manifestante Dilma Rousseff e seus companheiros de governo nos dias de hoje, foi cantada pelos diversos brasileiros participantes CONTRA esta mesma Dilma Rousseff que outrora foi manifestante. 

O que me fez pensar que estamos diante de uma possível Ditadura Civil, na qual os direitos dos cidadãos estão sendo retirados aos poucos, com altas taxas de juros, aumento de preços e um completo descaso com as reivindicações da população, mascarado por discursos superficiais de que estas são legítimas, mas sem qualquer concretude de atitudes a serem tomadas contra a corrupção ou contra estas medidas outorgadas aos brasileiros. 

Amigos me falam que essa é uma revolução burguesa, que quem está saindo às ruas é a burguesia, a classe média que está insatisfeita e que os pobres estão ali, caladinhos e sem se manifestarem. Penso que burguesa não seja a palavra certa, mas que as medidas tomadas pelo governo estão sim atingindo em maior número a classe média, a qual carrega todo o peso de manter o Brasil com o pagamento de impostos, isso é verdade. 

Com uma política de assistencialismo e compra de votos das classes menos favorecidas, os pobres nada farão contra os desmandos da Presidente Dilma. E seremos taxados de burgueses insatisfeitos por aqueles que defendem a igualdade entre as classes, mas parafraseando o Princípio da Igualdade, em sua 3ª Fase – A verdadeira igualdade consiste em tratar-se igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida de sua desigualdade. 

Ou seja, e não falo com propriedade, mas como alguém que está fazendo uma análise simplista da situação: ao que parece o governo deseja que os menos favorecidos tenham a oportunidade de atingirem um bem estar social adequado (e justo!), porém sem prover este mesmo bem estar social para outras classes. Pelo contrário, aumenta-se diversas taxas das classes média e alta, mas não se cobra um mínimo de responsabilidade (cursos profissionalizantes e encaminhamento ao trabalho) ou taxas dos menos favorecidos, para que estes não se tornem "dependentes" destes benefícios sociais. Assim, estamos sendo esmagados por uma política distorcida. 

Em outro texto meu, "Ideia Delirante", de 09/02/2015, falo de uma questão interessante sobre a cobrança de um IRPF de 1% para as classes que recebem benefícios sociais ou até um salário mínimo, como forma de criar uma responsabilidade com o dinheiro que recebem. Mas este é outro assunto. 





Voltando à pauta, Aécio Neves está sendo colocado como o principal articulador deste movimento apartidário contra a corrupção, numa perversa maneira de vinculá-lo a um partido político e dizerem que é golpe contra o governo. Mas isto não é verdade! Não somos pertencentes a nenhum partido político! Somos cidadãos, lutando pelo direito de termos um país mais sério e menos corrupto.  
Somos vários, somos muitos, Somos Legião! 





Mas lembremos de uma questão importante: 

Quem toma grande parte das decisões em nosso país é o Congresso Nacional e não a figura da Presidente Dilma Rousseff. Logo, não basta pedir uma mudança na Presidência da República. Há que se pedir uma total transformação na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, local onde realmente são definidas as leis e os rumos de nosso país e de nosso futuro.  


Vamos permanecer na luta. O gigante está acordando!





terça-feira, 3 de março de 2015

Um showzaço para relembrar um pouco do Guns n' Roses




Este ano, mais propriamente neste mês de março, estaremos recebendo aqui no Brasil a presença ilustre de um dos maiores guitarristas de todos os tempos: Slash! 

O nome por si só não precisa de credenciais. Para os mais novos, seu nome é mais conhecido quando vinculado à banda de hard rock Guns n' Roses, na qual atuou entre o fim dos anos 80 e meio dos anos 90. Pós Guns n' Roses, ele trabalhou em diversos outros projetos como a Slash's Snakepit e a Velvet Revolver. Em 2010, assinou contrato para lançar carreira solo, na qual permanece até hoje, lançando cds com músicos convidados e turnês com Myles Kennedy e os conspiradores.  Em 2012, recebeu uma estrela na calçada da fama, em Hollywood.  

Dito isso, vamos ao que interessa. Ele fará seis shows aqui no Brasil, estando a agenda abaixo descrita: 


14 Mar, 2015Rio de Janeiro
Fundicao Progresso
15 Mar, 2015Belo Horizonte
Galopeira
17 Mar, 2015Brasilia
Net Live
19 Mar, 2015Curitiba
Master Hall
20 Mar, 2015Porto Alegre
Pepsi On Stage
22 Mar, 2015Sao Paulo
Espaco das Americas






É um espetáculo que vale a pena para os rockeiros de plantão, os antigos e os novos. Já vi dois shows em video deles e o repertório de músicas abrange desde composições novas até os grandes hits do Guns n' Roses. Só estes últimos valem quase pelo show todo, pois vemos no palco um Slash em grande forma como há 24, 25 anos atrás.

Myles Kennedy não deixa a desejar no vocal. Sua voz lembra muito a de Axl Rose nos tempos áureos, apesar de as semelhanças pararem por aí. Com isso, consegue manter em alto nível músicas como Sweet Child O'mine, Nightrain, entre outras. Acompanhado de Slash e seus solos, a energia do show se torna indescritível. 

Penso, como Gunner assumido, que eles poderiam explorar mais as músicas do Guns, mas a turnê em si é para promover o novo álbum, lançado em setembro de 2014 - "World on Fire", que promete ser outro grande trabalho.



Fica a dica para os interessados correrem adquirir seu ingresso. Uma oportunidade única! 

Abraço a todos.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

O outro lado da Ditadura Militar

Na época em que eu era guri, lá pelos meus 14 ou 15 anos, tive uma matéria que se chamava OSPB - Organização Social da Política Brasileira. Por lembrança foi o último ano que existiu esta disciplina. Ela sairia da grade curricular do MEC no ano seguinte.

Quando estudávamos a parte do Regime Militar, era sempre a mesma coisa que ouço até os dias de hoje: Que foi uma época de repressão aos direitos civis e humanos, que houve perseguições e torturas, etc, etc, etc. 

Meu post de hoje não é pra repetir o que já sabemos e que é amplamente divulgado, mas para falar de algo que as pessoas não ficam sabendo sobre a Ditadura, que não é de interesse do governo ou da mídia divulgar - os avanços de cultura, tecnológicos e sociais que o país teve. 

Claro que, às custas desses avanços, o Brasil contraiu a maior dívida externa de sua história e que continua até hoje. Não sou ingênuo de não perceber isso. Mas vamos ao que raríssimas vezes é falado sobre o regime:

A. Em 1964, o Brasil era o país com o 45° PIB do mundo. Em 1985, ocupava a 10° posição.

B. O período de 1967 a 1979 foi marcado por grande desenvolvimento interno. Vejamos: 
1969 - Construção da Ponte Rio-Niterói;
1974 - Construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu - a maior do mundo;
1979 - O Brasil triplicou a capacidade da indústria siderúrgica com o projeto Grande Carajás, numa área de 900 mil km², cerca de um décimo do território nacional;

Outros dados importantes que encontrei, mas sem data específica: 

1. Ampliação da malha rodoviária asfaltada de 3 mil para 45 mil quilômetros;

2. Rede Ferroviária ampliada de 3mil e remodelada para 11 mil KM;

3. Expansão de todas as grandes siderúrgicas (CSN, Usiminas, Cosipa e outras – que fizeram o Brasil passar de crônico importador para exportador de aço) ; 

4. Inauguração de dois metrôs : Rio e São Paulo; 

5. A construção de 2,4 milhões de casas populares, financiadas pelo BNH (Banco Nacional de Habitação);

6. Criação do Banco Central (Dezembro de 1964);

7. Estatuto do Magistério Superior;

8. O primeiro Acordo Básico de Cooperação Técnica com a Republica Federal da Alemanha, elaborado em novembro de 1963, mas firmado através de decreto em maio de 1964 já dentro do regime militar;
9. Acordo cultural feito com a Republica Federal da Alemanha no final dos anos 60 e concretizado em janeiro de 1971. No artigo 1º, As partes se propõem a promover o intercambio educacional, cultural e científico. O artigo 4º é mais específico e propõe a aproximação entre as universidades, estabelecimentos de ensino superior e demais instituições culturais e científicas, assim como intercâmbio de professores e cientistas. No artigo 8º, recomenda que haja facilidade de entrada de instrumentos científicos entre outros materiais de caráter cultural;

10. Criação de 13 milhões de empregos;
11. A Petrobrás aumenta a produção de 75 mil para 750 mil barris/dia de petróleo;
12. PIB de 14%;

13. Construção de 4 portos e recuperação de outros 20;
14. Usina Angra I e Angra II;
15. Indústria aeronáutica, naval, bélica e automotiva;
16. Pró-alcool (95% dos carros no país);
17. Exportações crescem de 1,5 bilhões de dólares para 37 bilhões;
18. Fomento e financiamento de pesquisa: CNPq, FINEP e CAPES;
19. Cursos de mestrado e doutorado;
20. Programa de merenda escolar e alimentação do trabalhador;
21. Criação de várias Universidades
22. Criação do FGTS, PIS, PASEP;
23. Criação da EMBRAPA (70 milhões de toneladas de grãos);
24. Duplicação da rodovia Rio Juiz de Fora e da Via Dutra;
25. Criação da EBTU -
Empresa Brasileira dos Transportes Urbanos;
26. Criação da INFRAERO, proporcionando a criação e modernização dos aeroportos brasileiros (Galeão, Guarulhos, Brasília, Confins, Campinas – Viracopos, Salvador, Manaus);
27. Implementação dos Pólos Petroquímicos em São Paulo (Cubatão) e na Bahia (Camaçari);
28. Prospecção de Petróleo em grandes profundidades na bacia de Campos;
29. Construção do Porto no Maranhão;
30. Construção de estádios, ginásios, conjuntos aquáticos e complexos desportivos em diversas cidades e universidades do país;
31. SNI;
32. Polícia Federal;
33. Código Tributário Nacional;
34. Código de Mineração;
35. Zona Franca de Manaus;
36. IBDF - Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal;
37. Conselho Nacional de Poluição Ambiental;
38. Reforma do TCU;
39. INDA - Instituto Nacional de desenvolvimento agrário; IBRA - Instituto Brasileiro de Reforma Agrária e o INCRA -
Instituo Nacional de Colonização e Reforma Agrária;

40. Projeto RONDON;
41. Criação da Nucleobras e subsidiária;
42. Criação da Embratel e Telebras;

43. SFH - Sistema Financeiro habitacional;
44. BNH - Banco Nacional de Habitação;
45. Regulamentação do 13º salário;
46. SUDAM - Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia;
47. Reforma Administrativa, Agrária, Bancária, Eleitoral, habitacional, Política e Universitária;
48. Ferrovia da soja;

49. Banco da Amazônia;
50. Frota mercante de 1 para 4 milhões de TDW;
51. Corredores de exportações de Vitória, Santos, Paranaguá e Rio Grande;
52. Matriculas do ensino superior de 100 mil em 1964 para 1,3 milhões em 1981;
53. Mais de 10 milhões de estudantes nas escolas (que eram realmente escolas);
54. Estabelecimento de assistência médico sanitária de 6 para 28 mil;
55. Crédito Educativo;


Como se vê, são dados que transformaram o Brasil significativamente. E não começaram nesta época, mas sim com Getúlio Vargas, que curiosamente assumiu o poder em 1930 após um golpe militar. Assim, Ele criou, por exemplo, novos ministérios - como o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio e o Ministério da Educação e Saúde. Criou ainda a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).

Não vou aqui discutir sobre o AI-5, as perseguições, os presos ou asilados políticos, as censuras, entre outras coisas. Tudo isso já sabemos desde que somos alfabetizados. Mas nem na escola e em nenhum outro lugar se cita tais processos de desenvolvimento do Brasil.
Fica a reflexão e a curiosidade sobre um período no qual hoje em dia só se citam as "trevas", pela Comissão da Verdade.


segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Impostos para assalariados e Beneficiários Sociais

Delírio: "Uma falsa crença baseada em inferência incorreta sobre a realidade externa que é sustentada com firmeza apesar das crenças da quase totalidade das pessoas e apesar do que se constitui em prova incontroversa e óbvia de evidência em contrário. A crença não é aceita ordinariamente pelos outros membros da cultura ou subcultura da pessoa (por exemplo, não é uma questão de fé religiosa)". 

Hoje acordei meio delirante, achando que eu poderia resolver os problemas do Brasil. Assistindo o jornal da manhã, fiquei pensando em como o imposto de renda fere o cidadão brasileiro que trabalha e como o leão NÃO atinge as classes assistidas pelo bolsa família. 

Então lembrei que o trabalhador que ganha até R$ 1.787,77 (2015) não paga imposto de renda. Acima disso, os percentuais são de 7,5 %, 15%, 22,5%  e 27,5%. 



Pesquisei no Ministério do Trabalho a respeito de trabalhadores empregados. O resultado de 2014 foi 8.538.570 pessoas admitidas em empregos no ano. Informou também que desligadas do trabalho foram 8.062.462, o que dá uma variação percentual de 2,83% de crescimento em trabalhadores na ativa.

Pensei comigo a respeito de novos percentuais para o imposto de renda, o qual atingiriam todo cidadão brasileiro empregado ou beneficiário de programas sociais do governo. E, delirando, pensei nos seguintes números: 

1% da renda - Para todos aqueles abaixo de R$ 1.000,00 mensais. 

As demais taxas teriam como parâmetros 5%, 10%, 15% e 20%. 

Imagine uma pessoa que ganha o salário mínimo, R$ 788,00. Em um cálculo de 12 meses, ela teria ganho R$ 9.456,00 (hipoteticamente!). Descontando 1% desta renda, seria R$ 94,56. 

Calculando ""por baixo"" em uma população de um milhão de pessoas que recebam um salário mínimo, o governo arrecadaria com essa parcela da população: R$ 94,56 x 1.000.000 (de trabalhadores/beneficiários de prog. do governo): 

                                                = R$ 94.560.000,00
(Noventa e quatro milhões e quinhentos e sessenta mil reais)

A ideia básica seria inserir aqueles cidadãos beneficiários de programas sociais ou que recebam até um salário mínimo na zona de arrecadação. O compromisso do governo, em troca, seria ofertar capacitações gratuitas (cursos técnicos, etc) para este público que recebe até R$ 1.000,00, incentivando assim a busca por um melhor emprego (Sem perder outros benefícios). Há que se lembrar que o SINE oferece inúmeras vagas de trabalho, porém não há por parte da população, a qualificação necessária para assumir estes cargos. 

Claro que não estou entrando nos pormenores de todo um sistema de situações delicadas, mas a ideia delirante consistiria nisso. 

Há que se fazer um cálculo aprofundado do impacto financeiro que isso traria. Mas resolvi dar uma sugestão, ainda que utópica, ao invés de apenas criticar. 

Enquanto isso, fico olhando para os 7,5% que terei que entregar para o Leão este ano.   :( 



quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

2015... e ainda estamos em Janeiro

Um resumo das notícias da primeira quinzena deste ano: 
(mas que podem ter origem em 2014)


1. Dilma e os impostos

Claramente estratégica a manobra da Presidente ao alavancar votos para a sua reeleição a partir de um discurso moderado e de proteção ao cidadão brasileiro. Passadas as
eleições, surgiram os primeiros movimentos contrários à sua fala, que chegaram aos contribuintes como presente de natal e de Feliz Ano Novo, por meio do aumento de impostos como forma de garantir maior arrecadação ao país, já que o mesmo vem gastando descontroladamente, mesmo existindo o Portal da Transparência como suposta rédea para os parlamentares. 

Interessante a ideia de que "faltam recursos mas não faltam impostos". Mas isso é assunto para um tópico específico por vir. 

De qualquer forma, a Classe média brasileira será a mais afetada. 


2. Os ataques ao Jornal Charlie Hebdo

Penso que a liberdade de expressão é um direito de todo o cidadão. 
Porém, ela não pode ser usada como se estivesse acima de toda e qualquer outra lei. As pessoas tem que ter a noção de que a liberdade de expressão é um direito, mas que usá-la a seu bel prazer pode trazer consequências, e quem as profere tem que estar ciente que podem surgir. Há um provérbio que diz: 


"Somos Senhores das palavras que não pronunciamos e escravos das que nos escapam" 

Temos o direito de falar o que queremos, mas temos o dever de suportar as consequências disso. 

As pessoas deveriam refletir antes de externalizar uma ideia ou opinião.

Não dá pra achar que não resultarão consequências de uma ofensa disfarçada de sátira ou charge. Ainda mais quando é direcionada à crença das pessoas. 

É só digitar o nome do jornal nas imagens do google e você verá o completo desrespeito do mesmo para com diversos assuntos, disfarçados de charges. 

Sou totalmente contra o extremismo islâmico, mas não sou Charlie. 


3. Petrobras 

O maior símbolo da credibilidade do Brasil está ruindo. E pela ganância das mãos daqueles que deveriam protegê-la. Agora que os atos ilícitos estão surgindo, os discursos giram em torno de proteger o maior patrimônio estatal que o Brasil possui. 

Agora parece ser tarde. Quem - de conduta ilibada - restará para defender o que já vinha sendo dilapidado pelo próprio governo? 


As ações caíram lá no fundo do poço, a R$ 9,01. Parece uma boa hora pra comprá-las, não? 

É um risco, já que a oposição ao governo prepara a cada semana uma nova estocada a um corpo cambaleante. Mesmo que os governistas tentem blindar a Petrobras contra ações internas, há grupos no exterior entrando com ações na justiça pedindo o ressarcimento de seus investimentos, da ordem de milhões de dólares. E que chegam até a Presidente Dilma, a qual era Ministra do Governo Lula, à época, e que participou de negociações de venda de ações da Petrobras para indivíduos ou grupos. É certo que, SE a Petrobras vier a ser enterrada, o nível de confiabilidade do Brasil (calculado pela Mood's), como país creditado a receber investimentos do exterior ficará em risco. 

E agora, comprar ou não ações da Petrobras? 


4. Para encerrar, é impressionante o número de acidentes com aviões e ônibus no último ano até agora. As mortes coletivas que vem ocorrendo aumentam a cada nova passagem de mês. Para quem acredita, está lá nas quadras de Nostradamus a previsão de que isso viria a ocorrer quando da entrada do mundo no Século XXI. 

Espero poder falar em outros tópicos de assuntos mais positivos, mas o que se apresenta com mais intensidade nos jornais televisivos é o que foi escrito acima. 

E é o que temos para hoje.