sexta-feira, 25 de março de 2011

Crítica: Dois filmes para serem esquecidos

Não posso deixar passar em branco a falta de criatividade dos novos diretores de Hollywood quando o assunto é ficção científica, restringindo-se ao tema "Extraterrestres".

A tosca visão dos mesmos sobre a ideia de uma invasão alienígena tem gerado bombas em dvd que não deveriam nem ter divulgação. É o caso de dois filmes recentes: Distrito 9 e Skyline - A invasão.


Distrito 9 desfaz a ideia de que os alienígenas viriam à Terra para tentar conquistar o planeta e escravizar os seres humanos, visto que no filme a nave mãe dos aliens está avariada e eles vem à Terra para tentar se refugiar. O que acontece é o contrário: Encontram seres humanos hostis que os colocam em uma zona urbana porém restrita da África do Sul que mais parece uma favela.

Os ets são completamente diferentes dos de cabeça e olhos grandes e corpos magricelos: tem a cabeça parecida com a de um camarão e o corpo no estilo Predador, ainda que este ultimo seja incomparavelmente melhor! Os humanos tentam controlar a população de ets e o que estes fazem, no estilo controle social, além de ficarem boa parte do filme tentando desvendar como usar seu armamento.

Um dos humanos acidentalmente respinga uma substância em si próprio quando está vasculhando o barraco de um et, e começa a incorporar o DNA dos mesmos a seu próprio corpo, começando a transformar-se em um deles.

Por fim, o filme chega ao suposto final com o humano já meio humano, meio et fazendo amizade com um extraterrestre e este lhe dizendo que somente em três anos conseguirá uma vacina para reverter o efeito do dna no corpo do humano. E acaba o filme com o humano com cara de bundão, procurando lixo para comer no meio da favela dos ets.

Um final muito tosco para um filme que não inspira a menor paciência de ficar quase duas horas em frente à tv.


Skyline prometia ser um filme bom, no estilo Independence Day. Porém, faltou-lhe enredo melhor elaborado, abusaram dos efeitos especiais e ele caiu na desgraça. Nem os clichês dos dramas pessoais dos atores salvaram o filme, visto que o elenco não consegue causar empatia do telespectador.

Vamos aos fatos: Ets invadem Los Angeles (e não o planeta todo...) e começam a literalmente sugar as pessoas para dentro das naves. Detalhe: As naves mais parecem trilobitas e águas-vivas com tentáculos do que naves propriamente ditas. Há também os aliens, que são criaturas meio robóticas, três vezes maiores que ets comuns, mais parecidos com os transformers.

[SPOILER]--> O objetivo das naves é capturar seres humanos para arrancar seus cérebros e os colocar na cabeça dos aliens, os quais são produzidos como linha de montagem pela nave mãe.

Parece que a ideia é montar um exército de aliens que não necessariamente irá invadir a Terra, mas sim utilizar os seres humanos como um meio para chegar a um fim. E nisso os protagonistas, muito confusos o filme todo, tentam fugir dos ets, correndo pra lá e pra cá, num imbróglio para disfarçar a falta de enredo.

[SPOILER] Ao final, o mocinho inútil do filme é sugado pra dentro da nave mãe, tem sua cabeça desmembrada do corpo e seu cérebro colocado no corpo de um et que com isso ganha vida. No entanto, o cérebro não responde ao comando do et e o ET passa a agir como o protagonista do filme, tentando salvar sua namorada que também foi sugada.

E o filme termina com os dois dentro da nave mãe, a namorada grávida, o mocinho/et dando início ao que parece será a batalha do exército de um homem só contra outros ets (dentro da nave mãe) e para completar a porcaria, ele fica olhando para o telespectador, como que esperando que apertemos o botão de START e comecemos a jogar um game de computador ou outro console qualquer.

Triste a falta de criatividade. Dois filmes sem final que provavelmente terão continuações toscas...

Não recomendo a ninguém assistir, nem de graça.

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