
Novamente a população se organizou para mostrar sua indignação contra a corrupção que temos no governo da Presidente Dilma Rousseff.
Os protestos foram comparados aos que tivemos em Junho de 2013, contra o aumento de R$0,20 centavos nas passagens de ônibus e também contra a realização de uma Copa do Mundo no Brasil no ano de 2014, visto a lamentável situação da educação, da saúde, da segurança e de tantas outras questões que estavam e continuam insustentáveis em nosso País. Só que com uma gritante e feliz diferença: Não houveram depredações, nem Black Blocks, nem balas de borracha e gás lacrimogênio pela polícia.
Estive presente na manifestação. E foi interessante perceber que, aquela música do Geraldo Vandré - Pra não dizer que não falei das flores, mais conhecida como "...caminhando e cantando e seguindo a canção", entoada por milhares à época da ditadura militar, e talvez pela manifestante Dilma Rousseff e seus companheiros de governo nos dias de hoje, foi cantada pelos diversos brasileiros participantes CONTRA esta mesma Dilma Rousseff que outrora foi manifestante.
O que me fez pensar que estamos diante de uma possível Ditadura Civil, na qual os direitos dos cidadãos estão sendo retirados aos poucos, com altas taxas de juros, aumento de preços e um completo descaso com as reivindicações da população, mascarado por discursos superficiais de que estas são legítimas, mas sem qualquer concretude de atitudes a serem tomadas contra a corrupção ou contra estas medidas outorgadas aos brasileiros.
Amigos me falam que essa é uma revolução burguesa, que quem está saindo às ruas é a burguesia, a classe média que está insatisfeita e que os pobres estão ali, caladinhos e sem se manifestarem. Penso que burguesa não seja a palavra certa, mas que as medidas tomadas pelo governo estão sim atingindo em maior número a classe média, a qual carrega todo o peso de manter o Brasil com o pagamento de impostos, isso é verdade.
Com uma política de assistencialismo e compra de votos das classes menos favorecidas, os pobres nada farão contra os desmandos da Presidente Dilma. E seremos taxados de burgueses insatisfeitos por aqueles que defendem a igualdade entre as classes, mas parafraseando o Princípio da Igualdade, em sua 3ª Fase – A verdadeira igualdade consiste em tratar-se igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida de sua desigualdade.
Ou seja, e não falo com propriedade, mas como alguém que está fazendo uma análise simplista da situação: ao que parece o governo deseja que os menos favorecidos tenham a oportunidade de atingirem um bem estar social adequado (e justo!), porém sem prover este mesmo bem estar social para outras classes. Pelo contrário, aumenta-se diversas taxas das classes média e alta, mas não se cobra um mínimo de responsabilidade (cursos profissionalizantes e encaminhamento ao trabalho) ou taxas dos menos favorecidos, para que estes não se tornem "dependentes" destes benefícios sociais. Assim, estamos sendo esmagados por uma política distorcida.
Em outro texto meu, "Ideia Delirante", de 09/02/2015, falo de uma questão interessante sobre a cobrança de um IRPF de 1% para as classes que recebem benefícios sociais ou até um salário mínimo, como forma de criar uma responsabilidade com o dinheiro que recebem. Mas este é outro assunto.
Voltando à pauta, Aécio Neves está sendo colocado como o principal articulador deste movimento apartidário contra a corrupção, numa perversa maneira de vinculá-lo a um partido político e dizerem que é golpe contra o governo. Mas isto não é verdade! Não somos pertencentes a nenhum partido político! Somos cidadãos, lutando pelo direito de termos um país mais sério e menos corrupto.
Somos vários, somos muitos, Somos Legião!
Mas lembremos de uma questão importante:
Quem toma grande parte das decisões em nosso país é o Congresso Nacional e não a figura da Presidente Dilma Rousseff. Logo, não basta pedir uma mudança na Presidência da República. Há que se pedir uma total transformação na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, local onde realmente são definidas as leis e os rumos de nosso país e de nosso futuro.
Vamos permanecer na luta. O gigante está acordando!