quinta-feira, 24 de abril de 2008

Catalepsia: uma rara doença comum (1)

Nos próximos três ou quatro posts, estarei colocando um assunto um tanto quanto interessante e por que não dizer polêmico, sobre algo que foi considerado milagre ou bruxaria por muito tempo e que atualmente é um fenômeno chamado CATALEPSIA. 


Catalepsia patológica é uma doença rara em que os membros se tornam moles, mas não há contrações, embora os músculos se apresentem mais ou menos rijos, e quem passa por ela pode ficar horas nesta situação. A catalepsia patológica ocorre em determinadas doenças nervosas, debilidade mental, histeria, intoxicação e alcoolismo. No passado já existiram casos de pessoas que foram enterradas vivas e na verdade estavam passando pela catalepsia patológica[1]. Muitos especialistas, contudo, afirmam que isso não seria possível nos dias de hoje pois já existem equipamentos tecnológicos que, quando corretamente utilizados, não falham ao definir os sinais vitais e permitem atestar o óbito com precisão.

Abaixo, a primeira notícia relacionada ao tema.

"Mortos" ressuscitam pelo mundo e assustam famílias
TERRA NOTÍCIAS - Sábado, 26 de janeiro de 2008, 15h45
(http://noticias.terra.com.br/popular/interna/0,,OI2268585-EI1141,00.html)
O momento mais triste na vida de uma pessoa: a morte de um ente ou um amigo querido. O velório, o enterro, situações pela qual ninguém quer passar. A única coisa que poderia acabar com essa situação seria o retorno da pessoa que morreu. Bem, pois isso não é impossível.
Um taiuanês de 87 anos, por exemplo, acordou durante o próprio funeral. A família levou um susto ao ver o corpo engasgar e, de repente, "voltar a vida" um centro budista. Os médicos haviam informado que a única coisa que lhe mantinha vivo eram os tubos de oxigênio. Os parentes decidiram então desligá-los. 


Surpreendentemente, ao contrário do que se esperava, o idoso "reviveu", ao invés de morrer.
 

Já o chileno Feliberto Carrasco, 81 anos, assustou a família ao levantar do caixão. Um sobrinho do idoso afirma que não conseguia ver a cena, "Eu não conseguia acreditar. Eu achei que era um engano e fechei meus olhos", afirma o familiar ao jornal Últimas Noticias. O primeiro pedido ao voltar aos vivos? Carrasco quis apenas um copo d'água.
 

Esse é o lado feliz da história, porque, para o venezuelano Carlos Camejo, 33 anos, foi mais complicado. Camejo acordou com fortes dores e descobriu que estava no meio de uma autópsia, a dele mesmo. Após ser declarado morto depois de um acidente de carro, os médicos legistas decidiram começar o exame.
 

A mulher de Camejo foi ao necrotério para identificar o marido, mas acabou vendo o "morto" caminhando pelos corredores do prédio. Segundo o venezuelano, ele acordou devido às fortes dores provocadas pelos cortes no rosto durante o exame.
 

Contudo, os enganos não são recentes. Segundo o publicitário Bruno Maestrini, na década de 50, um caso semelhante ocorreu em Pelotas, sul do Rio Grande do Sul. Uma senhora levantou do próprio caixão e se deparou com os familiares e amigos durante o próprio velório. Segundo Maestrini, a familiar viveu mais duas décadas após a "primeira" morte.
 

Pois os casos de confusão atingem também os animais de estimação. Dudu, um cão chinês, teve de sair da própria cova após ser enterrado. Acontece que a dona do animal achou que ele não tinha sobrevivido após ser atropelado por uma van em Nanjing. No dia seguinte, o zelador do prédio onde morava avisou que Dudu esperava por ela em frente à porta do prédio, sujo de terra. Segundo os veterinários, ele deve ter passado por um estado de choque, o que fez com que enrijecesse os músculos e enganasse a dona.


Engano

Na Argentina, uma jovem de 20 anos decidiu aproveitar bem o réveillon de 2006. Ela passou mais de 20 horas festejando e, quando voltou para casa, descobriu que a família já realizava o próprio velório. A mãe de Ângela Saraiva reconheceu a filha no necrotério, mas na verdade se tratava de uma desconhecida que se jogou de uma ponte na passagem de ano.
 

Na Polônia, ocorreu um caso um pouco diferente. Um marinheiro descobriu que havia sido declarado oficialmente morto e foi enterrado enquanto estava em uma pescaria com os amigos. Pois Piotr Kucy, 37 anos, surpreendeu a família ao voltar vivo para casa, mas não as autoridades. Ele luta para reconhecer que está vivo, e isso há mais de cinco meses, mas não consegue que a justiça o "ressuscite". Devido ao estado em que se encontra, Kucy não pode trabalhar.


Catalepsia

E como alguém pode ser dado como morto? Uma causa para alguns desses enganos é a catalepsia. O distúrbio impede o doente de se movimentar. O ataque cataléptico pode durar de minutos a dias e faz com quem vê ache que a pessoa possa estar morta. Várias podem ser as causas, tanto de causa neurológica quanto emocional.
Redação Terra