quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Bohemian Rhapsody (Filme) - Percepções


Assisti, recentemente, o filme sobre a vida de Freddy Mercury, na última sessão da noite, no cinema do shopping. Eu já tinha tomado uns chopes e comido um tira-gosto e não estava muito a fim de voltar para casa.
 
Gosto da banda Queen (apesar de não ser minha preferida) e de filmes estilo biográficos, mas o título não me inspirava muito, mesmo tendo lido críticas a respeito e sabendo que o ator era muito bom. Ainda assim, comprei o ingresso. E qual a minha surpresa ao assistir a um filme divertido, bem-feito, de uma leveza e equilíbrio que se revelou ao transitar, em duas horas de película, entre a vida familiar, a pessoal, a da banda, a de relacionamentos, passando pela transição de se descobrir homossexual e tocar, de forma delicada e marcante, sobre a questão do HIV.

Um filme sobre personalidades da música às vezes tem um “Q” de exageros, de excessos. E até ao abordar os excessos, o filme em questão o fez sem tornar as cenas pesadas ou cansativas. Mas vamos por partes.

O filme, inicialmente, mostra um Freddy Mercury adolescente, mas já com uma personalidade peculiar. A rigidez familiar representada pelo pai contrasta com um tom debochado, mas mutuamente respeitoso de Freddy para com sua família. A descoberta da oportunidade de fazer parte de uma banda também foi colocada de forma interessante. Aliás, os integrantes da banda são um destaque à parte, que, de uma forma bastante compreensiva e tolerante (Brian May) e outra nem tanto (Roger Taylor) são o elo que não deixa o filme perder o ritmo.

A banda vai criando uma personalidade própria, flutuando entre diversos ritmos e ousando a cada nova apresentação. Isso causa um sobe e desce de emoções, quando as cenas passam dos shows, do musical libertador, às cenas de solidão do cantor.

A vivência de um amor cúmplice com uma namorada vai se fortalecendo à medida que a vida mostra a Freddy oportunidades que vão surgindo, tanto para a banda, quanto para ele como ser humano. E é esse amor cúmplice que é capaz de se manter, mesmo que transformado, após a descoberta da homossexualidade do cantor e suas novas aventuras amorosas (as quais não são feitas com cenas picantes ou beijos tórridos). É ele, inclusive, que resgata Freddy, quando ele está desviado do caminho por uma influência sectária e obsessiva.

O resgate de si próprio e do convívio com a banda vem em forma de uma autocrítica disfarçada mas verdadeira. E novamente a tolerância e compreensão dos integrantes é o diferencial que mostra uma união e respeito além dos motivos pessoais de cada um.
Ficou claro que conflitos familiares e na vida pessoal de cunho mais pesado não foram abordados no filme, até por não serem o foco do mesmo. O filme peca por deixar de fora algumas músicas que foram sucessos, mas a escolha de quais seriam mostradas deve ter sido um trabalho bem difícil. A atuação do ator Rami Malek é memorável, tanto pelos trejeitos como pela semelhança física que vai desenvolvendo ao longo do filme. E a participação no Live Aid de 1985 fechou de forma significativa o auge da carreira do Queen no filme. Os Detalhes a mais sobre sua relação com o HIV foram sabiamente descritas em texto ao fim do filme, sem cenas desnecessárias.

Filme recomendadíssimo!

quinta-feira, 10 de maio de 2018

O Mapa dos Contemporâneos


O Mapa dos Contemporâneos (Map of Contemporaries) - Link https://ybogdanov.github.io/history-timeline/ - é um site que já está no ar há alguns anos, e que, para mim, é extremamente interessante do ponto de vista histórico. 



Ele contém uma tabela que atua como uma linha do tempo em diversas áreas do conhecimento (artes, política, ciência, esportes, música, público, religião, militar, exploradores, negócios, inventores, criminal, etc) com as personalidades históricas ou de destaque relativas a cada uma dessas áreas. Ainda é possível, também, pesquisar por "local de nascimento". As datas vão de 2680 antes de Cristo até o século XXI.

O Site é bem intuitivo, com um menu lateral onde cada interesse de busca tem uma cor diferente, o que facilita ligar as personalidades às suas respectivas áreas de conhecimento caso se queira cruzar dados de duas ou mais áreas. 


Por exemplo, você sabia que Albert Einstein foi contemporâneo de: 
. Sigmund Freud (Médico, criador da Psicanálise)
. Henry Ford (Criador da Linha de montagem e da Ford)
. Aleister Crowley (ocultista britânico)
. Edvard Munch (Pintor do famoso quadro "O grito")
. Arthur Conan Doyle (Escritor e médico, criador do personagem Sherlock Holmes)
. Alberto Santos-Dumont (Aeronauta, inventor do avião 14 Bis)
. Pancho Villa (Bandoleiro, comandante da Revolução Mexicana)
. Papa Pio XII
. Al Capone (Gângster ítalo-americano, contrabandista)
. Harry Houdini (Ilusionista)
. Richard Strauss (Compositor e maestro)
. Mahatma Gandhi (Líder pacifista)

Além de poder descobrir em que período da história uma ou mais personalidades estiveram presentes, clicando-se no nome da personalidade, abre-se uma nova janela do navegador com o site da wikipedia (em inglês), relacionado àquela pesquisa feita. 

Como padrão, a busca contempla a área de conhecimento da personalidade. Mas, no menu lateral, onde se lê "Color by": ( )Area     ( )Place of Birth, pode-se verificar onde essa personalidade nasceu, clicando-se em "Place of Birth (Local de nascimento). Isso alterará a cor de cada personalidade - que estava classificada por área de conhecimento - para a cor do local do seu nascimento. 

Um site para pesquisa e de curiosidades a respeito do cruzamento de dados de personagens da história da humanidade. Para quem gosta de história, vale a pena perder alguns minutos se divertindo com a linha do tempo dos contemporâneos.