Bom dia!
Aos possíveis leitores ou curiosos do blog
Abaixo envio link, a quem tiver interesse, de minha segunda experiência literária. É uma tentativa "amadora" de escrever um esboço de livro.
Ele está publicado na plataforma WATTPAD (http://www.wattpad.com), um site para escritores amadores desenvolverem suas ideias. Boa parte dos livros lá publicados ainda não estão finalizados, pois a plataforma permite a atualização contínua da obra à medida em que os capítulos forem escritos.
O livro ainda está em desenvolvimento, e o objetivo é atualizá-lo com, ao menos, um capítulo por semana.
Abraço a todos.
segunda-feira, 24 de outubro de 2016
sexta-feira, 8 de julho de 2016
Você acredita em Livre arbítrio ou que Nada é por acaso?
O texto a seguir não tem a pretensão de definir o que é correto ou não a respeito dos dois itens citados no título. Apenas de abrir a possibilidade de reflexão e debate sobre estes dois conceitos.
O que me pareceu interessante, inicialmente, foi colocar o Livre Arbítrio em oposição à ideia do Nada é por acaso. Vamos as explicações.
1. Segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, Livre-Arbítrio significa a Possibilidade de decidir, escolher em função da própria vontade, isenta de qualquer condicionamento, motivo ou causa determinante. Se pensarmos por este lado, abrimos um leque de possibilidades que nos coloca no controle absoluto de nossas escolhas, excluindo aí toda e qualquer orientação inconsciente de origem divina que possa estar guiando os caminhos de nossa vida. Temos, então, a responsabilidade de arcar diretamente com a consequência de nossos atos.
Ainda, expõe-se a possibilidade de que todas as situações que se apresentam sejam provenientes do acaso, tornando-se a vida uma sucessão de acasos que, por meio de nossas escolhas, incorrem em um desfecho temporário ou definitivo.
O acaso aqui não é colocado como uma entidade em si. Viver ao acaso não é uma opção, já que mesmo que você acredite que as coisas aconteçam por acaso, terá o livre arbítrio para decidir qual escolha fazer diante de tal situação. Viver ao acaso parece dar a impressão de simplesmente aceitar as situações que aparecem e deixar que aquilo tenha um final, sem a exigência ou necessidade de se tomar uma atitude que influencie no andamento ou resolução do fato. Parece ser a ideia de permanecer inerte, aguardando que as situações se resolvam por si próprias, sem interferência. É como ser um expectador da vida. Parece-me impossível de que isso seja viável.
Logo, neste sentido, o acaso torna-se parte do fator ambiental, que está inserido no conceito maior de Livre arbítrio. Falaremos disso mais à frente.
Podemos incluir, também, variáveis as quais denominamos sorte ou azar. Pensando nelas, infere-se que ambas fortalecem a ideia do acaso, já que ambas tornam-se fruto do mesmo.
Coloco aqui de forma simplista, algo que pode gerar discussões filosóficas e sociológicas.
Continuando...
No meio de tudo isso temos alguns fatores que influenciarão em ambos os processos (livre arbítrio e/ou nada é por acaso), quais sejam: o ambiental, o qual estamos inseridos e que a meu ver não há como escapar. Este fator influencia diariamente e diretamente em nossa conduta. E falando em conduta, outro fator que influencia nossas escolhas é a nossa personalidade, a qual é moldada a partir de nossos valores e experiências.
Eles servirão de parâmetros para nosso livre arbítrio. E não só para ele, mas para o processo do Nada é por acaso também.
2. Pelo dicionário Priberam da Língua portuguesa, acaso tem os seguintes significados: 1. Ocasião imprevista que produz um Fato. 2. O que acontece fortuitamente. 3. Expressão usada para indicar uma hipótese (ex.: acaso haverá algum médico entre nós?). 4. Casualmente. 5. Talvez.
O conceito do Nada é por acaso nos coloca numa posição de pensarmos que ao menos existe algo além do que entendemos, que nos orienta, de forma inconsciente, na tomada de decisões. Eu poderia dizer que é como um sexto sentido, o qual dizem que todos temos mas que pouco acreditamos nele. Mesmo assim, tem influência em nossa conduta, sem que tenhamos consciência disso.
Também pode residir na ideia de que, mesmo antes de nascermos, temos nosso caminho já moldado, ou seja, todas as nossas escolhas, na verdade, já foram "programadas". No entanto, existe aí um problema, pois quando pensamos nessa ideia, o fator ambiental se torna algo muito difícil de se mensurar como um item que já foi adaptado para se inserir em nossa vida em determinado tempo e que vai influenciar de forma linear no comportamento programado que iremos tomar.
Aqui temos ainda, a exclusão das variáveis sorte ou azar, uma vez que ambas não podem fazer parte de algo que não é ao acaso.
Este conceito é amplamente utilizado para justificar opções ou resultados negativos ou positivos que surgem em nossa vida. As situações aparecem para mexer na harmonia que tentamos organizar para termos o suposto "controle" de nosso dia a dia, o qual chamamos de... rotina. E quando nossa rotina é bagunçada, de maneira boa ou ruim, é costume dizer que Nada é por acaso. O que pode nos levar a pensar que aquela maneira com que estamos encaminhando nossa vida, já não cabe mais dentro da realidade que foi "programada" para nossa existência, ou seja, chega a hora de que algo precisa ser mudado para que nos encaixemos no "caminho" que precisamos, daquele momento em diante, seguir.
Mas (já estou fritando o cérebro aqui)... Quando o Nada é por acaso acontece, também nos impulsiona à condição de termos que "escolher" qual a atitude tomar em relação à ele. O que me leva à terceira ideia deste texto (delirante) o qual reflito:
3. O livre arbítrio dentro da ideia de que Nada é por acaso. E aqui talvez esteja a possibilidade de se mediar ambas as ideias opostas do título, ou ao menos trazer um pouco de tranquilidade a respeito do caos instaurado nos parágrafos acima.
Se o livre arbítrio nos traz a liberdade de escolha diante de fatores que ocorrem ao acaso e o Nada é por acaso nos define dentro de um plano maior que foi programado para nós, ter esta terceira opção nos coloca em uma estrada de mão dupla na qual o livre arbítrio vai até as margens que limitam a estrada do acostamento. Ou seja, existe um caminho o qual temos que seguir, mas nossas escolhas nos farão ziguezaguear por este caminho. Só que uma das mãos fará com que sigamos o fluxo e a outra mão nos forçará a abrir caminho entre obstáculos que se apresentarão no sentido contrário ao que estamos tentando percorrer nesta estrada.
Temos, talvez, aí, a possibilidade do "algo além do que entendemos, que nos orienta de forma inconsciente", de transitar junto à ideia de "fazermos nossas próprias escolhas".
sexta-feira, 29 de abril de 2016
Cultura para recordar
Há alguns anos assisti a estes espetáculos e sugiro a quem tiver interesse e principalmente oportunidade, duas peças de teatro fantásticas: "Esconderijos do Tempo" do grupo Máschara, que fala sobre a vida de Mário Quintana (é emocionante!) e "4x4" da Companhia de Dança Deborah Colker. Peça feita em quatro atos (Cantos, Mesa, Povinho e Vasos), o qual, para mim, Vasos foi o mais bonito.
Abaixo seguem imagens das peças.
Esconderijos do Tempo 4x4 (Vasos)
sexta-feira, 29 de janeiro de 2016
Impressão do filme "A 5ª Onda"
Domingo passado fui assistir o filme A 5ª Onda, motivado pelo trailer super bem feito, captando cenas chave da película.
Entrei no cinema e os primeiros sete minutos foram de uma tela escura, somente com a voz dos personagens do filme. Eu e outros espectadores começamos a gritar, assoviar e reclamar da tela sem imagens, até que o filme foi parado e reiniciado, agora sem a cortina fina e escura que protegia o vidro da sala de projeção. O filme chama a atenção pela temática: alienígenas, mundo pós-apocalíptico, sobrevivência, adaptação às contingências. Isso por si só pode produzir uma boa história pelo fato de que é algo que pode acontecer no futuro. É uma temática a qual sou fã.
E tinha tudo para ser excelente, mas pecou por ter que adaptar uma história complexa em duas horas de duração. O início monótono fez com que os primeiros trinta minutos fossem focados em uma introdução longa e desnecessária da personagem, em uma tentativa de torná-la empática ao público.
Em seguida o que se viu foi a passagem das três primeiras ondas (pulso eletromagnético, tsunami, vírus disseminado por aves) em pouco mais de trinta minutos, com o filme já superando a primeira hora de projeção.
Somente a escuridão causada pela primeira onda já poderia desenvolver uma história de adaptação humana, caos, lei marcial, conflitos, reorganização social, para mais de uma hora. Em um século o qual estamos dependentes da tecnologia, voltarmos à idade da pedra seria criar uma histeria coletiva e jogar a humanidade num completo desamparo e confusão.
Daí para frente, o filme gira em cima da personagem principal, a qual tenta desesperadamente salvar seu irmão que foi levado pelos militares para uma instalação de proteção (não vou contar detalhes para não acabar com a curiosidade alheia). Enquanto isso, a 4ª onda acontece: alienígenas utilizam o corpo das pessoas como hospedeiros, a fim de causar um conflito entre elas próprias.
Explorando um pouco esta Onda: A ideia de que os extraterrestres estão utilizando-se de corpos humanos, sem alterar sua feição ou seu comportamento foi uma sacada muito inteligente. Alienígenas em meio a pessoas não é uma temática nova, mas a forma como ela é colocada no filme se torna interessante. Vivemos em sociedade e as relações interpessoais são baseadas em um mínimo de confiança, em todas as situações de interação social. E esta onda tira exatamente isso das pessoas, a ideia de convivência em sociedade e confiança. E a pressão psicológica que isso vem a causar, desestabiliza e pode tirar a sanidade de qualquer pessoa.
E a 5ª Onda é o extermínio da raça humana, mas não do planeta (os alienígenas não são bobos).
E nem vou falar da parte do romance no filme, que põe a personagem em total confusão de sentimentos.
O filme tem pontos positivos, como a imagem da passagem das ondas (que poderia ser melhor desenvolvida), a transição, ainda que incompleta, da personagem sensível para alguém mais forte internamente, a questão do envolvimento dos militares com os alienígenas, a reflexão causada pelas situações extremas, mas o filme a meu ver deixa a desejar, tendo um final??? que decepciona e deliberadamente marca a necessidade de um segundo filme e possivelmente de uma trilogia, a qual espero que explique ou desenvolva melhor a história das três primeiras ondas.
O filme não prende o espectador do início ao fim. Pelo menos não me prendeu.
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